A geração de resíduos é um dos maiores problemas ambientais da atualidade devido ao grande impacto que gera na natureza. Celebrada entre 5 e 9 de junho, a Semana do Meio Ambiente tem o objetivo de, justamente, discutir iniciativas e práticas sustentáveis que visam diminuir os impactos das atividades humanas, industriais ou domésticas, nos ecossistemas. E a valorização desses materiais, por meio da reciclagem, é um forte exemplo de sustentabilidade e economia circular que precisa ser colocado em prática.
Dados da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) apontam que o Brasil gera cerca de 224 mil toneladas de resíduos sólidos por dia, ou seja, mais de 81 milhões de toneladas no ano, sendo a metade de resíduos orgânicos. Deste montante, a maior parte (61%) continua sendo encaminhada para aterros sanitários, impossibilitando seu reaproveitamento.
Além do mais, a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, realizada pelo IBGE, mostra que são gerados 21,3 milhões de metros cúbicos de esgoto por dia nas residências brasileiras. Isso sem contar outros efluentes derivados de processos produtivos das indústrias de diferentes segmentos. Evitar que esses resíduos sejam descartados de modo incorreto é um dever das empresas e governos, que precisam assegurar o seu tratamento adequado, viabilizando a destinação mais favorável ao meio ambiente.
Neste contexto, a reciclagem de resíduos, tanto líquidos quanto sólidos, além de ter um impacto significativo e importância estratégica para a solução desse problema, ainda é uma das alternativas ambientalmente mais seguras, sustentáveis e que atende à legislação vigente. “Destinar os resíduos orgânicos ao processo de reaproveitamento, por meio da compostagem industrial, além de diminuir a pressão sobre os aterros, que segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) deveria receber somente os rejeitos que não podem mais ser reciclados, tem como objetivo a transformação do material em produtos de valor agregado, como adubos orgânicos para uso na agricultura. Esses fertilizantes compostos são ricos em nutrientes e ajudam a fomentar uma das atividades mais importantes do País, diminuindo a dependência brasileira por insumos importados”, destaca Lívia Baldo, especialista em gestão de resíduos e gerente da Tera Ambiental.
A empresa atua no segmento de reciclagem de resíduos orgânicos há mais de 20 anos, é um importante player no Estado de São Paulo e exemplo nacional quando se trata de compostagem em larga escala. A Tera promove a valorização de resíduos orgânicos e é a responsável pela gestão técnica e comercial de efluentes destinados à Companhia Saneamento de Jundiaí (CSJ), empresa que construiu e opera a Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) do município. “Todo o esgoto de Jundiaí é tratado pela CSJ. Ao final do processo, gera-se de um lado o efluente tratado, que é devolvido ao rio Jundiai melhorando significativamente as condições deste manancial, e do outro o lodo, um resíduo rico em matéria orgânica, que se torna nossa principal matéria-prima na produção de adubos orgânicos”, destaca Lívia.
Por ano, a Tera Ambiental contribui com o tratamento de cerca de 740 mil metros cúbicos de efluentes advindos das mais diversas atividades industriais, além dos resíduos sólidos que composta junto ao lodo gerado na ETE Jundiaí, gerando em torno de 30 mil toneladas de fertilizantes no ano.
Upcycling e economia circular
São tratados pela Tera Ambiental resíduos como água proveniente do processo de lavagem de máquinas e equipamentos; efluentes líquidos industriais biodegradáveis e sanitários; lama bentonítica; chorume; líquido proveniente de limpeza de caixa de gordura industrial e restaurante, lodo de estações de tratamento de esgotos e resíduos sólidos industriais e agroindustriais. Livia lembra que o processamento desses resíduos contribui com o desenvolvimento de ações sustentáveis e incentiva a economia circular, fazendo desses materiais um ativo importante para empresas, setor produtivo e, principalmente, para a proteção ambiental.
Também é importante destacar que a compostagem termofílica, adotada pela empresa, é um processo biológico, natural e controlado, capaz de bioestabilizar a matéria orgânica com a ocorrência de altas temperaturas. É realizada em dois processos distintos entre leiras aeradas por revolvimento e estáticas com aeração forçada, aplicadas de acordo com as características de cada grupo de resíduos orgânicos. Isso faz com que o insumo obtido no processo seja eficiente e seguro para uso na agricultura, inclusive em alimentos diretos como frutas, legumes e verduras. Além disso, a Tera pratica o conceito upcycling, com a transformação de resíduos antes indesejados em novos ativos de qualidade e valor ambiental.
Sobre a Tera Ambiental
A Tera Ambiental é uma empresa de Jundiaí/SP especializada na valorização e transformação de resíduos orgânicos industriais e agroindustriais por meio da reciclagem. Atua no segmento há mais de 20 anos, realizando de modo independente a operação de compostagem em larga escala, resultando na produção de adubos orgânicos para uso na agricultura.
Tendo o pioneirismo em sua essência, a Tera Ambiental atende clientes dos mais variados setores e ramos de atividade. Sua atuação é fundamentada no comprometimento com o meio ambiente. Priorizando a integridade, criatividade e excelência, fornece soluções e firma parcerias estratégicas para minimizar o impacto das atividades industriais, praticando um ciclo sustentável de reaproveitamento e valorização de resíduos.
Em decorrência da postura de responsabilidade ambiental, a empresa conquistou duas certificações: NBR ISO 14001:2015, anualmente renovada; e, juntamente com a Companhia Saneamento de Jundiaí, recebeu o selo IBD Qualidade Certificada para a reciclagem de efluentes e produção de fertilizante orgânico composto classe B, a partir do lodo gerado ao final do tratamento de efluentes, processos importantes para a manutenção da economia circular. O certificado atesta o comprometimento da companhia em ser ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente adequada e viável.
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