Por Daniel Takeshita, zootecnista e consultor técnico-comercial da Coimma.
A pecuária passa por vários desafios que comprometem a lucratividade do negócio. Um deles é o necessário controle de infestações de parasitas e de doenças nos rebanhos. Há várias formas de proteger o plantel, seja medicando, com tratamento após a infecção, ou prevenindo – com a vacinação. Existem medicamentos para quase todos os problemas sanitários que acometem os bovinos, mas falta entendimento, por parte dos pecuaristas, da importância do manejo racional para o sucesso da imunização e da saúde do plantel.
Em outras palavras: não basta vacinar “de qualquer jeito”; é um dever do criador dar atenção especial para os animais, começando pela boa organização no curral. Muitos produtores acreditam que apenas inserir a agulha e o conteúdo vacinal no bovino fará o efeito desejado contra determinada doença. Isso não é verdade. Quando o animal passa por estresse no manejo de vacinação, seu organismo pode rejeitar o imunizante ou parte dele. É como se não fosse feita a vacinação como necessário. Assim, os recursos usados para compra do insumo acabam sendo “perdidos”, a produtividade do animal cai devido ao estresse gerado e o tempo utilizado para o manejo de vacinação é perdido.
Como já informado, em uma situação estressante vários processos químicos acontecem no organismo dos bovinos – afetando diretamente a ação dos medicamentos. Então, para o sucesso da vacinação dois pontos são essenciais: o ambiente para aplicação e a adoção de tecnologias de apoio, como o tronco de contenção individual, que proporciona conforto da entrada à saída do gado.
Esse manejo racional proporciona benefícios econômicos diretos, com diminuição de refluxo, redução do desperdício de vacina, prevenção a danos nos equipamentos – como seringas quebradas e agulhas tortas –, com menor risco de acidentes de trabalho, melhorando a rotina de atividades, além de proporcionar bem-estar ao rebanho e aos operadores.
Há pecuaristas que relutam à adoção de tecnologias, mas a pecuária não tem mais espaço para amadores. Afinal, já foi provado cientificamente que a contenção individual melhora os procedimentos e oferece mais eficiência no manejo dos animais. A vacinação coletiva é um processo ultrapassado. Os animais pulam, podem se machucar, e os operadores têm mais risco de se ferir e a vacinação provavelmente não terá o efeito desejado.
Em maio, somente no estado de São Paulo, a expectativa é de que 11 milhões de bovinos e bubalinos sejam vacinados contra a febre aftosa – uma doença viral que causa feridas na boca, língua, nariz e casco dos animais. Para os produtores de carne e leite, é extremamente importante seguir a cartilha da boa vacinação, buscando a eficácia na imunização para reduzir as possibilidades de prejuízos econômicos exacerbados, com impacto na produção da proteína animal. Além disso, também é importante a imunização de todo o plantel do país para evitarmos mais um bloqueio nas exportações de nossos alimentos.
A Coimma destaca-se por auxiliar o pecuarista com soluções que equacionam esses problemas. Os troncos Convencional Plus e Sertanejo, por exemplo, contam com várias vias de acesso ao animal. O Sertanejo é perfeito para o pequeno produtor, proporcionando maior segurança e praticidade no manejo da vacinação. Além disso, os equipamentos possuem duas pescoceiras, que evidenciam a região ideal para a injeção, a tábua. Essa região é indicada para evitar danos na carcaça, como hematomas e abscessos em áreas de carnes nobres – o que motiva o descarte pelo frigorífico, com prejuízo econômico ao produtor.
Em um universo cada vez mais tecnológico e com o crescente acesso às inovações, só não maneja com eficiência quem não quer. Para uma pecuária cada vez mais produtiva e sustentável, o criador têm de se ajustar ao novo, contribuindo para o aumento da eficiência, produzindo mais em menos tempo – o que colabora com a preservação ambiental e a segurança alimentar da população mundial.
(Irvin Dias – Texto Comunicação – SP)