Diferença de proteínas faz com que o alimento possa ser consumido por pessoas com APLV
O leite de cabra pode não ser popularmente consumido no Brasil como o leite de vaca, por exemplo. Porém, em países como Índia, Bangladesh, França e Espanha, esse alimento é produzido e consumido em larga escala.
Isso porque o produto possui um perfil nutricional ligeiramente diferente, sendo, muitas vezes, considerado mais fácil de digerir para algumas pessoas, especialmente aquelas com alergia à proteína do leite de vaca (APLV). Segundo o especialista Javier Maciel, fundador da Capriana, primeira granja leiteira de cabras do Brasil, esse leite possui, aproximadamente, 12% menos lactose do que o leite de vaca.
Embora compartilhem muitas semelhanças, como por exemplo utilização na culinária, potencial a alergia e a variedade na produção de lácteos, o leite de cabra possui minerais e vitaminas diferentes e importantes para o organismo do ser humano: maior porcentagem de vitamina A, vitamina B, vitamina D, cálcio, fósforo, magnésio e potássio.
O gosto do produto caprino é característico, mas se altera rapidamente quando o animal fica estocado. Essa estocagem deve ser feita em condições adequadas, higiênicas e de baixa temperatura. Por isso, consumir produtos derivados do leite de cabra, em menos de 2 dias, torna o sabor dos produtos mais suaves. Quanto mais tempo até a consumação, mais intenso fica o sabor.
“O esterco das cabras, através de um processo de vermicompostagem, se transforma em húmus de minhoca, que volta para as lavouras como fertilizantes. O soro do queijo é reaproveitado, juntamente com o leite, para complementar a nutrição dos cabritos”, afirma Maciel. (Assessoria de Imprensa – Giovana Guarizo – SP) |