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Participação feminina avança na fiscalização agropecuária, mas ainda há desafios

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(Foto: Divulgação)

VII Conaffa será coordenado por uma mulher e discutirá inovação e fortalecimento sindical na defesa da carreira

O Dia Internacional da Mulher é uma oportunidade para reforçar a importância da participação feminina em todas as áreas da sociedade – e no serviço público não é diferente. As mulheres têm conquistado cada vez mais espaço, mas ainda há desafios a serem superados, especialmente em posições de liderança. O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) defende a equidade de gênero na carreira e acredita que essa transformação reflete uma tendência positiva e necessária.

Em outubro, a entidade vai promover o VII Congresso Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Conaffa), um marco para a categoria, que completa 25 anos. O evento, que traçará as diretrizes da profissão para os próximos três anos, será coordenado por uma mulher: a delegada sindical do Rio Grande do Sul, Beatris Sonntag Kuchenbecker.

Com o tema “Inovação e fortalecimento sindical na defesa e evolução da carreira”, o VII Conaffa discutirá os desafios do sindicalismo na era digital e a necessidade de modernização das relações entre os profissionais, que são vinculados ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). “O trabalho feminino está consolidado em todas as áreas. A força de trabalho da auditoria fiscal federal agropecuária no Brasil está praticamente dividida entre homens e mulheres. Não ficamos atrás deles em nada”, destacou Beatris.

A auditora fiscal federal agropecuária Gisele Leite Camargo, que é coordenadora do Conselho dos Delegados Sindicais do Anffa, também destaca que a participação feminina no setor agropecuário vem crescendo, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. Ela é a primeira mulher a ocupar a função. “Acho que melhorou muito, mas ainda encontramos barreiras. O trabalho parcialmente remoto ajudou a conciliar a maternidade e a família, mas as mães ainda ficam sobrecarregadas, uma dupla ou tripla jornada. São muitos desafios além dos intrínsecos às nossas atividades e lutas”.

As duas auditoras apontam as características femininas como aliadas nas ações de fiscalização agropecuária. “As mulheres, de maneira geral, dão muita atenção à segurança alimentar e à qualidade dos alimentos, estão mais acostumadas a um olhar colaborativo, de atenção à saúde e à família. Isso repercute na nossa abordagem e atuação, onde temos que organizar e conciliar opiniões diversas, a convencer por argumentos e persistência e não pela força”, afirmou Gisele.

Beatris segue na mesma linha. “Historicamente, as mulheres têm uma preocupação maior com a própria alimentação e com a alimentação de sua família, assim como têm mais cuidados com a saúde. Essa característica nos permite ter uma visão mais aguçada e pode impactar positivamente na execução das atividades relacionadas à qualidade e segurança dos alimentos oferecidos à população brasileira e mundial”.

Embora nunca tenha sofrido desrespeito no exercício de suas funções, ela observa que há poucas mulheres em cargos majoritários no sindicato e na pasta, apesar de o país já ter tido duas ministras da Agricultura. Para ela, essa realidade também passa pelo desafio da autoconfiança feminina.

Sindicalismo

Para Beatris, a presença feminina no sindicalismo tem avançado, mas ainda há muito a conquistar. “Precisamos identificar lideranças femininas, promover capacitações específicas e apoiar as auditoras fiscais federais agropecuárias que enfrentem qualquer tipo de assédio, desrespeito ou violência”.

Gisele também destaca essa participação. “As mulheres, por terem vivências e formações diversas, veem as coisas de uma outra perspectiva. Atualmente somos uma parcela significativa de servidoras no Mapa, e estamos ampliando nossa participação no Anffa também em diversas funções e cargos. Uma realidade bem diferente da que me deparei anos atrás, onde as oportunidades para as mulheres eram raras e restritas. Era um ambiente muito reticente à participação feminina”.

CONTATO ASSESSORIA ANFFA SINDICAL

FSB Comunicação

Fernanda Balbino

fernanda.babino@fsb.com.br | 13 991 640 164