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Último dia da Beef Hour debate futuro do mercado de carne de qualidade

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O encontro destacou o papel da qualidade na construção de valor na cadeia produtiva (Foto: Divulgação)

O painel “Os próximos dias do mercado de qualidade” encerrou a programação da Beef Hour na Feicorte 2024, na sexta-feira (22), reunindo especialistas para discutir tendências e desafios do setor de carne premium. O encontro destacou o papel da qualidade na construção de valor na cadeia produtiva.

A CEO da Verum, empresa promotora do evento, Carla Tuccilio enfatizou a relevância de colocar a carne de qualidade como prioridade na agenda do setor. “Discutir os rumos desse mercado é fundamental para fortalecer a pecuária brasileira e atender à demanda de consumidores cada vez mais exigentes. A qualidade não é mais um diferencial, mas uma necessidade para competir no mercado global”, destacou Carla.

O debate abordou temas como rastreabilidade, certificações e mudanças no comportamento do consumidor. Para Carla, eventos como a Feicorte são o espaço ideal para fomentar essas discussões e gerar impacto no setor. “A Beef Hour foi criada para ser um palco de troca de conhecimento e inovação, e estamos satisfeitos em ver como esses encontros geram reflexões que podem transformar o mercado,” definiu.

Carne de qualidade máxima

O futuro é agora e não há espaço para amadores, como apontou o sócio-proprietário da Prado Estratégia para Agronegócios, Roberto Grecellé, o mercado de carne de qualidade está se tornando cada vez mais competitivo e não há espaço para amadores. “O futuro pertence aos profissionais, o que inclui produtores, industriais e varejistas bem-preparados. Quem não atingir um desempenho mínimo de qualidade ficará para trás”, afirmou.

Segundo ele, o setor tem se profissionalizado nesse tipo de produção, mas ainda existem desafios na comercialização, principalmente pela falta de equipes de vendas qualificadas. “Além disso, grandes companhias frigoríficas que antes se concentravam em carne commodity agora estão entrando no mercado de carne premium, aumentando a competição”, disse.

Esse cenário, como complementou o zootecnista e diretor Executivo de Originação da JBS, Eduardo Pedroso, exige boas práticas na produção pecuária, como integração lavoura-pecuária, terminação intensiva e melhoramento genético. “A tecnologia para produzir carne de qualidade no ambiente tropical está disponível, o que permite atender à crescente demanda por produtos qualificados. Para o Brasil alcançar o mercado premium, é crucial entender os padrões globais e adaptar a produção para garantir consistência e atender a grandes volumes”, frisou, ao destacar que a carne premium já é uma realidade no país, especialmente no setor de food service. No entanto, sua comercialização depende de um planejamento eficiente e de uma cadeia de valor bem estruturada.

Fonte de renda extra para os produtores de gado de leite

Com o objetivo de aproveitar o rebanho leiteiro para inseminações ou cruzamentos, o modelo Beef on Dairy tem ganhado destaque nos Estados Unidos, especialmente nas regiões produtoras de leite, com a Califórnia liderando o processo. Agora, o modelo chega ao Brasil, com foco no Paraná, por meio das cooperativas de leite, oferecendo uma fonte de renda extra para os produtores, como explicou o consultor e proprietário da BBQ Secrets, Roberto Barcellos.

“Essa abordagem tem gerado carne de qualidade superior à do gado de corte tradicional. As raças leiteiras, por exemplo, possuem excelente aptidão para marmoreio, o que confere uma vantagem para a carne. No entanto, elas ainda precisam aprimorar a musculatura, especificamente o ‘ratio’ — ou seja, a altura e a largura do bife —, pois sua conformação corporal difere da das raças de corte”, detalhou Barcellos.

De acordo com ele, o potencial de marmoreio das raças leiteiras, embora conhecido, não era aproveitado devido ao baixo desempenho na engorda. Esse potencial pode ser melhorado com cruzamentos com raças de corte, como Angus, Holandesa ou Jersey. Alguns produtores também estão utilizando raças continentais, como o Charolais, para aumentar a produção de carne e corrigir deficiências em conformação e musculatura.

Como complementou o zootecnista e gerente nacional de Corte da Semex do Brasil, Antonio Carlos Sciamarelli, muitas cooperativas brasileiras já estão adotando esse modelo, como é o caso da Cara Preto. “Ela é uma das nossas parceiras e participa de um programa que incentiva a produção de carne de qualidade a partir do rebanho leiteiro. Como as vacas de leite são inseminadas todo mês, haverá oferta contínua de carne, ao contrário da sazonalidade do gado de corte, que é afetado pela estação de monta. Esperamos que esse modelo cresça no Brasil, pois representa uma excelente oportunidade para garantir carne de qualidade o ano inteiro”, afirmou.

Saúde no prato

A palestra “Sinal Verde para a Carne Vermelha”, apresentada pelo médico nutrólogo Wilson Rondó Jr, teve como objetivo apresentar as qualidades e benefícios da carne vermelha, destacando sua importância no sistema alimentar global como fonte de proteína e nutrição. Foram discutidos mitos sobre gordura saturada, colesterol, doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade, entre outros.

“Oferecer uma visão realista da carne vermelha é importante tanto para o consumidor quanto para o pecuarista, pois permite que ele entenda o valor do que está produzindo e qual o impacto do seu trabalho no sistema alimentar global”, afirmou.

Após a apresentação, o especialista realizou uma sessão de autógrafos.

Informações para a imprensa
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