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Deputados e pecuaristas conhecem em Rio Maria mais detalhes do Programa de Rastreabilidade Individual e Monitoramento de Indiretos

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Com a presença de representantes de empresas parceiras, deputados e pecuaristas, Roberto Paulinelli, do Frigorífico Rio Maria (PA) fala sobre a importância do Programa de Rastreabilidade Individual e Monitoramento de Indiretos, em encontro na Chácara Umary

O auditório da Chácara Umary, em Rio Maria (PA), ficou lotado na tarde/noite de sexta-feira (1º), com a presença de pecuaristas, lideranças ruralistas e deputados federais e estaduais, que foram ouvir explicações sobre o Programa de Rastreabilidade Individual e Monitoramento de Indiretos. O PRIMI foi lançado oficialmente dia 20 de julho na própria Chácara Umary, uma iniciativa do empresário e pecuarista Roberto Paulinelli, do Grupo Rio Maria, e diversos parceiros.

O evento contou com a presença do deputado federal Joaquim Passarinho (PL-PA) e dos deputados estaduais Aveilton Souza (PL-PA) e Gustavo Sefer (PSD); da prefeita de Rio Maria, Márcia Ferreira; do presidente da Associação dos Criadores do Pará (Acripará), Mauro Lúcio Costa; do vice-presidente da Acripará, Maurício Fraga Filho; do Coordenador da Aliança Paraense pela Carne, Francisco Victer; representantes de empresas parceiras, pecuaristas da região e diretores do Frigorífico Rio Maria.

O encontro de sexta-feira foi aberto pelo pecuarista Roberto Paulinelli, que fez uma importante revelação. “Quando nós lançamos o programa, calculávamos que até o final do ano teríamos 30 mil brincos em fazendas do Pará. Para nossa surpresa, em 30 dias, atingimos 112 mil brincos e os pedidos não param de chegar. Está crescendo bastante o interesse pela rastreabilidade dos indiretos e isso é muito bom”, afirmou.

Deputado federal Joaquim Passarinho e a esposa Nádia, e o pecuarista Roberto Paulinelli em Encontro sobre Rastreabilidade na noite de sexta-feira (1º) na Chácara Umary, em Rio Maria (PA)

Roberto Paulinelli destacou a importância do Primi.  “O protocolo pode ser aplicado em qualquer estado brasileiro por ter como base o SISBOV, aplicado juntamente com as análises dos critérios socioambientais estabelecidos em TAC´s, o protocolo Boi na Linha e acordos comerciais a mais de uma década. Esse projeto começou há muito tempo. O governo do Pará está implantando o Selo Verde para rastrear os animais. O mundo todo está cobrando isso e a Europa está exigindo dos países da América do Sul para comprar carne. E não compra mais se não comprovar a origem desse produto. Eu resolvi correr contra o tempo e como sou amigo do Jordan (diretor da Niceplanet Assessoria em Conformidade), resolvi falar com ele e incrementar o projeto”, declarou Paulinelli,  ressaltando que há mais de 9 anos faz a rastreabilidade da carne comprada pelo Frigorífico Rio Maria, mas não é certificada. E com o Projeto Rastreabilidade da Pecuária dos Indiretos tudo mudará para melhor”.

O deputado estadual Aveilton Souza (PL-PA) prometeu apoio na Assembleia Legislativa para o fortalecimento do Programa de Rastreabilidade Individual e Monitoramento de Indiretos

Durlicouros

Em seguida falou Ivens Domingos, Gerente de Sustentabilidade da Durlicouros. “Fazer parte deste importante projeto está em linha com a responsabilidade socioambiental de nossa empresa e a preocupação com a originação responsável do couro”.

Ivens Domingos, Gerente de Sustentabilidade da Durlicouros, deu explicações detalhadas sobre o PRIMI

Segundo ele, “o mercado internacional está cada vez mais exigente com critérios socioambientais e rastreabilidade, e este projeto inédito alinhado ao nosso Programa de Rastreabilidade Completa, irá contribuir para uma transformação positiva setorial, e irá demonstrar que a colaboração entre diversos parceiros e setores pode ser implementado com sucesso e gerar resultados em escala”.

Certificadora SBC

Depois usou a palavra Thiago Wilzler, da Certificadora SBC. Ele disse que os frigoríficos já fazem o controle da origem dos animais adquiridos, mas o Programa de Rastreabilidade Individual lançado em Rio Maria é inédito no Brasil. “O mundo procura um produto que não tenha nenhum  passivo socioambiental no decorrer da vida do animal, independente se ele passou por uma fazenda ou por 10 fazendas”.

Todos os presentes elogiaram a iniciativa do pecuarista Roberto Paulinelli e parceiros pelo lançamento do Programa de Rastreabilidade Individual e Monitoramento de Indiretos (Primi) e destacaram que o projeto precisa de ajustes naturais, à medida que vão surgindo outros projetos por parte do governo federal, do governo do Pará e de iniciativas privadas.

Acripará

O presidente da Acripará, Mauro Lúcio Costa, destacou que o momento é importante com a união da indústria, do mercado e de parte da governança (a presença dos deputados) e que agora seria interessante o olhar de quem está envolvido diretamente na questão, quem trabalha a matéria prima, no caso os pecuaristas, para mostrar de onde vem o animal. “O interessante é se produzir com responsabilidade. Tenho usado um Movimento que se chama Pecuária sob Princípios, porque o interessante são os princípios. As regras só existem porque foram quebrados os princípios e regras são difíceis de se obedecer. O princípio é estilo de vida. Você faz aquilo que quer fazer porque é bom”, destacou Mauro Lúcio, acrescentando: “A rastreabilidade para o produtor é a ferramenta de gestão que ele tem. É a individualização de cada animal. Saber o que produz e o que não produz. Agora, se for regra imposta, não funciona. Por isso, parabenizo o Roberto Paulinelli por tudo que ele está fazendo. E o importante é que o Programa de Rastreabilidade está sendo feito por gente que entende do assunto e não está sendo imposto. É espontâneo. Não é obrigatório. Isso tudo tem um valor agregado, porque une o interesse de se preservar o meio ambiente e do produtor rural ganhar dinheiro. Se for uma coisa imposta de cima pra baixo perde todo o valor”, afirmou o presidente da Acripará.

O presidente da Acripará, Mauro Lúcio Costa, parabenizou a iniciativa do pecuarista Roberto Paulinelli e empresas parceiras pelo lançamento do PRIMI

O Primi foi lançado oficialmente dia 20 de julho deste ano  por um grupo de parceiros: Frigorífico Rio Maria, Roberto Paulinelli, Niceplanet Assessoria em Conformidade, SBCert, Durlicouros, Banco Itaú e Andrade Yamashita, sendo que cada um dos participantes tem uma função específica no projeto.

Na oportunidade, Márcio Lupatini, coordenador de Território da Animalltag, empresa fabricante dos brincos, com sede no Mato Grosso,  disse que ”a chipagem surgiu no Brasil em 2003 e ganhou força em 2009-2010 com a criação do Sisbov, o sistema de certificação de bovinos e hoje é muita cultura da chipagem dos animais”

Lupatini explicou que cada animal recebe um chip, também chamado de botton eletrônico, que contém informações, como se fosse um RG ou CPF do boi, e essas informações são coletadas, guardadas  e armazenadas no software, para você poder fazer uma consulta ou questionar um histórico e acompanhar o desempenho do animal: quanto de peso, quantas arrobas produz por dia, que dia entrou na fazenda, etc., com informações pertinentes àquele animal”.

(Lima Rodrigues, de Rio Maria – PA)