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Thiago Guedes assume CEPLAC e mira futuro da cacauicultura como ativo estratégico do Brasil

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Thiago Guedes – CEPLAC – Foto Divulgação

Nomeação é vista como passo decisivo para modernizar a Ceplac e reposicionar os principais estados produtores de cacau como motor de desenvolvimento sustentável no país.

O ex-chefe de Gabinete da Secretaria de Agricultura da Bahia e articulador de políticas públicas voltadas para a agropecuária sustentável, Thiago Guedes é o novo diretor-geral da Ceplac. A nomeação foi oficializada na segunda-feira (30), no Diário Oficial da União. Produtores, lideranças políticas e representantes do setor cacaueiro na Bahia, Pará e Espírito Santo — principais estados produtores de cacau do país — receberam bem o anúncio, que traz perspectiva de renovação para o órgão e reacende as expectativas de modernização e fortalecimento da cadeia produtiva do cacau em nível nacional.

Nascido em Itabuna, no sul da Bahia, com origem familiar ligada ao cultivo do cacau e formação em Engenharia Agronômica pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Guedes soma bagagem técnica, habilidade política e diálogo aberto com o setor para impulsionar a agenda de inovação agroambiental do cacau. Coordenou programas voltados à certificação socioambiental de cacau, qualidade de amêndoas de cacau, recuperação de áreas degradadas, agricultura familiar e agregação de valor por meio da verticalização do setor cacaueiro com a produção de chocolate de origem e Indicação Geográfica. 

Sustentabilidade no centro da estratégia diante dos desafios da COP30

O novo diretor chega em meio a debates globais sobre rastreabilidade e mercado de carbono, quando a cacauicultura brasileira precisa provar ao mundo que é capaz de crescer respeitando o equilíbrio entre produtividade e floresta em pé — especialmente no momento em que o Brasil se prepara para sediar, em novembro, a COP30 em Belém, colocando a Amazônia no centro das discussões climáticas internacionais. A CEPLAC, por décadas o principal polo de pesquisa, assistência técnica e extensão rural da cacauicultura, terá papel estratégico para que o Brasil atenda às novas regras de mercado, como o Regulamento Europeu de Desmatamento Zero (EUDR).

Missão de recuperar o protagonismo

Com apoio de lideranças políticas e respaldo técnico do setor, Guedes terá a tarefa de reerguer a imagem da CEPLAC como referência em inovação, sem deixar para trás a essência da cacauicultura tradicional – que faz do Brasil um dos poucos países onde o cacau é cultivado em sistemas agroflorestais que preservam biodiversidade. A expectativa é que o novo diretor coloque em prática o que defendeu em projetos como o Plano ABC+ Bahia e o Inova Cacau 2030: fomentar cadeias produtivas de baixo carbono, com rastreabilidade e agregação de valor à amêndoa brasileira.

Lucas França – Assessoria de Imprensa