Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin

Reflexões sobre a COP30.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin

Gil Reis*

“Brasil, meu brasil brasileiro” – uma estrofe do nosso hino.

“Brasil, meu brasil brasileiro”, será que essa frase ainda é verdadeira? Atenção não sou xenófobo, Xenofóbico é algo ou alguém que tem aversão, hostilidade ou ódio a estrangeiros ou a pessoas de origem diferente, podendo também se manifestar contra culturas ou grupos étnicos distintos. Essa atitude é uma forma de preconceito baseada na origem nacional, regional ou étnica de uma pessoa. Em português, a palavra pode ser usada tanto como adjetivo (algo que é xenofóbico) quanto como substantivo (uma pessoa xenófoba). Até porque não sou idiota e explico – nós, no território deste grande país, descendentes de grande parte das etnias do nosso planetinha construímos uma grande nação. Não pretendo responsabilizar qualquer governo pela miopia e falta de raciocínio, não jogo o jogo da ‘partidarização, ou seja, a divisão deste belíssimo povo brasileiro. Não entrarei também no jogo de “esquerda, direita”, uma frase utilizada no treinamento de marcha de qualquer exército. Cada um que assuma um lado de acordo com seus interesses, agora tenham muito cuidado com o que desejam. O grande filosofo brasileiro, Millôr Fernandes, já dizia – “pensar é só pensar”, frase que sempre complementei “raciocinar é que são elas”.

Mas voltemos à COP30. O que é uma COP? “COP” significa Conferência das Partes (do inglês, Conference of the Parties), sendo mais conhecida como a reunião anual da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Afinal o que é a ONU, Organização das Nações Unidas, para o que foi criada? O principal objetivo da criação da ONU foi manter a paz e a segurança internacionais após a Segunda Guerra Mundial, além de promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações, solucionar problemas de caráter econômico, social, cultural ou humanitário e estimular o respeito aos direitos humanos.  

O presidente da Argentina, Javier Milei, na última Assembleia Geral, acusou a liderança da ONU de ‘exagero’ e criticou o órgão de 80 anos como um ‘modelo supranacional de governança liderado por burocratas internacionais que buscam impor um modo de vida particular’. ‘Passamos’, disse ele, ‘de uma organização que visava mediar a paz entre iguais para uma que busca ditar o que cada Estado-nação e indivíduo deve fazer nos vários cantos do globo’. Em vez disso, ele instou a ONU a retornar aos princípios imortais que defendem a dignidade da vida, a liberdade e a propriedade de todos os indivíduos sob o Estado de direito.

Mas, voltemos novamente, à COP30, o que me deixa intrigado é a repetição permanente da expressão ‘financiamento’. O financiamento é uma maneira de adquirir bens e pagar em médio e longo prazo, com o acréscimo de taxas e juros. Porque que o Brasil, que é um campeão de energia limpa, deve tomar empréstimo para pagar pela sujeira que os países ricos jogaram na atmosfera?

Boris Johnson, ex Primeiro Ministro inglês – 2022, confessou abertamente, para o mundo inteiro ouvir (a maioria se fez surda por ser desagradável de ouvir) que o seu país foi o primeiro a jogar sujeira na atmosfera quando disse

“O Reino Unido foi uma das, se não a primeira, nação industrializada. Os primeiros fiapos de carbono saíram das fábricas, usinas e fundições de West Midlands há 200 anos. Nós começamos tudo. Não há dúvida de que per capita o povo do Reino Unido colocou muito carbono na atmosfera. O que não podemos fazer é compensar isso em algum tipo de reparação. Simplesmente não temos recursos financeiros. Nenhum país poderia. O que podemos fazer é ajudar com a tecnologia que pode ajudar a resolver o problema”.

A mim me parece que maioria das pessoas não conhece a história do mundo que vive e é enganada facilmente pelas manchetes da grande mídia bem patrocinada. Como os ativistas (ativistas de qualquer setor são iguais e profissionais de narrativa) não podem atacar o Brasil por ser um dos campeões da energia limpa resolveram transformar a Amazônia em “bode expiatório” dos problemas de aquecimento global e alterações climatéricas. A minha grande esperança é que nesta malfadada COP30 o Brasil não se comporte como culpado e sim como detentor de soluções de bom senso

Escrevam na parede para ler quando a COP 30 encerrar. A COP não é uma reunião paraense, amazônida ou brasileira, trata-se de uma reunião Internacional promovida pela ONU onde os chefes de estado se reunirão, em sala fechada, para discutir o futuro do mundo e nós da Amazônia não participaremos. Haverá reuniões paralelas em ambientes previamente escolhidos para discutirmos com as ONGs ambientalistas de cabeças feitas. Anotem será uma COP de ONGs.

Quem viver verá

Apenas para encerrar, não posso prever os resultados políticos da COP30, realizada no nosso quintal amazônico para onde convidamos grande parte dos inimigos da nossa região, porém o que me parece é que os grandes ganhadores da COP30 seremos nós os moradores de Belém, com a melhoria da nossa infraestrutura urbana e embelezamento da cidade.

*Consultor em Agronegócio.