
Durante o NeoSummit COP30, Gilberto Tomazoni diz que o caminho para a sustentabilidade se baseia em um tripé de apoio – com regularização ambiental, assistência técnica e gerencial
São Paulo, 10 de setembro de 2025 – Para responder ao desafio de levar conhecimento e ferramentas a pequenos e médios produtores, a JBS vem oferecendo apoio tecnológico e de gestão para 900 pequenos pecuaristas em Rondônia e no oeste de Mato Grosso, num programa que já resultou em aumento de 30% na produtividade dessas propriedades. O dado foi apresentado por Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS, durante sua participação no painel “Alimentar o mundo que cresce”, realizado no NeoSummit COP30 nesta quarta-feira (10), em São Paulo. A experiência no campo mostra que eficiência e sustentabilidade caminham juntas. Pelerson Penido, líder do Grupo Nova Roncador, que também participou do painel, resumiu a lógica: “A busca por melhores resultados nos levou à sustentabilidade”. Segundo Tomazoni, é justamente esse ganho de eficiência que responde ao principal dilema da transição ecológica: como financiar práticas sustentáveis sem elevar o preço dos alimentos. “A solução não é um produto mais caro na prateleira, é um produtor mais eficiente no campo”, afirmou. O CEO destacou os resultados do programa Escritórios Verdes, da JBS, que atua em três frentes. A primeira é a regularização ambiental, que já adequou mais de 19 mil fazendas e recuperou 8 mil hectares de mata nativa. A segunda é a assistência técnica a 900 pequenos produtores, responsável por elevar a produtividade em 30% e a renda em até 1,5 salário mínimo. Por fim, a gestão das propriedades, implementada em 500 fazendas, já demonstrou que 30% delas operam de forma carbono eficiente. Para Tomazoni, a soma desses resultados pode reposicionar o Brasil no cenário global como referência em produção sustentável. Um dos exemplos de avanço concreto é a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), tecnologia na qual o país é referência. O modelo permite até três safras anuais em uma mesma área, combinando grãos, bovinos e árvores, o que aumenta a eficiência sem a necessidade de abrir novas fronteiras agrícolas. Segundo a Embrapa, sistemas integrados já ocupam mais de 17 milhões de hectares no Brasil, área superior à soma de Áustria, Dinamarca e Suíça. “Deixamos, ao longo do tempo, que se construísse uma narrativa de que o agro não é sustentável. A oportunidade que temos agora é mostrar exemplos reais do que o Brasil faz para mudar essa visão”, disse Tomazoni. “A COP30 é a nossa chance de mostrar para o mundo o que estamos fazendo aqui”, completou. Pecuária como parte da solução climáticaO executivo defendeu que a pecuária brasileira, quando inserida em modelos regenerativos, deve ser considerada parte da solução climática. Ele afirmou que a contabilidade de carbono do setor precisa ser revista, incluindo o potencial de captura de CO₂ das pastagens bem manejadas, além das emissões de metano dos animais. “A solução está no solo. A agricultura tropical precisa de referências técnicas próprias, e não daquelas desenvolvidas para climas temperados”, pontuou. Estimativas da FAO indicam que os solos podem capturar até 23% das emissões globais de gases de efeito estufa. Essa perspectiva encontra respaldo em pesquisa do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da FGV (OCBio/FGV), que avaliou propriedades do programa Fazenda Nota 10. O levantamento mostrou que 31% das fazendas já removem mais carbono do que emitem, reforçando a tese de que eficiência no campo pode se converter em resultados ambientais positivos. Além da experiência prática com os produtores, Tomazoni também destacou seu papel como líder do Grupo de Trabalho de Sistemas Alimentares da Sustainable Business COP (SBCOP), plataforma que organiza a contribuição do setor privado para a agenda da conferência. Segundo ele, é fundamental traduzir metas climáticas em ações escaláveis que atraiam investimentos e acelerem a adoção de boas práticas. “Cabe ao setor privado dar materialidade ao que os governos pactuam. O caminho é produzir cada vez mais com menos recursos”, reforçou. Sobre a JBSA JBS é uma empresa global líder em alimentos, com um portfólio diversificado de produtos de alta qualidade, incluindo frango, suínos, bovinos, cordeiros, peixes e proteínas vegetais. A companhia emprega mais de 280 mil pessoas e opera em mais de 20 países, como Brasil, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália e China. No mundo todo, a JBS oferece um amplo portfólio de marcas reconhecidas pela excelência e inovação, como Friboi, Seara, Swift, Pilgrim’s Pride, Moy Park, Primo, Just Bare, entre outras, que chegam diariamente à mesa de consumidores em 180 países. A empresa também investe em negócios correlatos, como couro, biodiesel, colágeno, fertilizantes, envoltórios naturais, soluções para gestão de resíduos sólidos, reciclagem e transporte, com foco na economia circular. A JBS prioriza um programa de segurança alimentar de excelência, adotando as melhores práticas de sustentabilidade e bem-estar animal ao longo de sua cadeia de valor, com o objetivo de alimentar o mundo de forma mais sustentável. Saiba mais em jbsglobal.com. JBS – Atendimento à ImprensaE-mail: jbs@fsb.com.br Telefone: (11) 3165-9673Visite a sala de imprensa da JBS e fique por dentro das principais novidades: Link |