A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (ADEPARÁ) iniciou na semana passada, as atividades de vistoria e coleta de amostras de sangue de bovinos, para o estudo sorológico, e assim constatar a ausência de circulação viral da febre aftosa para o processo de validação e alcance do novo status sanitário de Zona Livre de Aftosa Sem Vacinação do Pará. Esta primeira etapa do estudo segue até o final de março. O próximo passo será a vacinação contra a doença, que acontecerá de 1° a 30 de abril, e que foi antecipada.
As coletas serão realizadas em 102 propriedades rurais, distribuídas em 55 municípios paraenses. A expectativa é que devam ser colhidas amostras de sangue de 3.400 bovinos, com idades de até 24 meses. Nas propriedades, além da coletas de sangue para testes laboratoriais, os animais serão clinicamente inspecionados pelos fiscais estaduais agropecuários e médicos veterinários da Adepará. A previsão é que as atividades de campo do estudo se encerrem até junho deste ano.
Todo o trabalho que vem sendo desenvolvimento pela Agência de Defesa para manter o Pará livre da febre aftosa e agora, o pleito para o novo status sanitário, é considerado um marco para pecuária paraense, ressalta o diretor geral da Adepará, Jamir Macedo.
“A antecipação da etapa de vacinação contra febre aftosa para Abril e o trabalho de estudo sorológico são ações importantes e que atendem o cronograma previsto no plano estratégico de retirada da vacina, aliado a isto, asseguram que não existe a circulação viral no estado do Pará, dando maior tranquilidade na defesa do pleito junto a OMSA, que posteriormente certifica o Estado como Zona Livre de Aftosa Sem Vacina. Um grande marco na pecuária paraense”.
O Fiscal Estadual Agropecuário, Glaucio Galindo, coordenador do estudo ressalta que a eficácia desta ação depende do apoio dos produtores rurais que tiveram suas propriedades selecionadas.
“Os produtores das propriedades rurais selecionadas para o estudo terão que manter os animais separados até que os resultados laboratoriais fiquem prontos, sendo fundamental o apoio deles em mais esta etapa para que possamos pleitar o novo status sanitário”.
A tão almejada certificação de Zona Livre de Febre Aftosa sem vacinação, ainda possui outros componentes que estão sendo trabalhados pelo Estado, além do estudo sorológico, como as notificação de suspeitas de doenças vesiculares, vigilância em estabelecimentos rurais e de abate, em aglomerações de animais, e de atendimento ao Plano de Ação elaborado pela Agência de Defesa.
“A ADEPARÁ tem cumprido todos as ações preconizadas no pleito para retirada de vacina contra febre aftosa. Foi dado início no processo do inquérito com a coleta de amostras nos bovinos, onde o apoio do produtor é primordial para um bom andamento dessa etapa, seguido pela vacinação que ocorrerá em abril”, ressaltou Graziela Oliveira, gerente de defesa animal.
Após a etapa de vacinação, as vendas e aplicação de vacina contra febre aftosa estarão proibidas no Estado e partir do dia 1° de maio, haverá restrição de entrada de animais vacinados, assim as fiscalizações nas revendas e do trânsito agropecuário serão intensificadas pela Agência de Defesa.
Fonte: Adepará
F