A agropecuária do Brasil deve muito ao ex-ministro Alysson Paolinelli, mineiro de Bambuí, que morreu nesta quinta-feira (29) em Belo Horizonte, após permanecer mais de 30 dias internado em estado grave no Hospital Madre Teresa.
Patrono da “agricultura tropical”, engenheiro agrônomo, pesquisador, ex-secretário de Agricultura de Minas Gerais, um dos principais fundadores da Embrapa, ex-ministro da Agricultura, ex-presidente da CNA, deputado federal Constituinte, e presidentes de várias entidades, entre as quais a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).
Em 2021 e 2022 Alysson Paolinelli foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz pela sua luta em prol da segurança alimentar.
Tive a honra de entrevistá-lo várias vezes para o CONEXÃO RURAL em eventos do agronegócio no Pará e em Brasília, quando inclusive foi homenageado pelo Senado e pelo Grupo Bandeirantes.
A mais recente entrevista que fiz com ele, que será reprisada na próxima semana, foi em março deste ano em Xinguara (PA), durante a 1ª Rodada ESG do Agronegócio Paraense.
De acordo com o site G1, o enterro será realizado amanhã, dia 30 de junho:
“O velório está marcado para às 15h desta quinta-feira (29) e para às 9h30 desta sexta-feira (30), no Palácio da Liberdade. O sepultamento será às 11h de sexta no Cemitério Parque da Colina”.
História
Alysson Paolinelli nasceu em Bambuí, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, em 1936. Ele deixou a cidade ainda adolescente, para estudar em Lavras, no Sul de Minas.
Engenheiro agrônomo formado pela Escola Superior de Agricultura de Lavras (Esal), atual Universidade Federal de Lavras (Ufla), onde se tornou professor e diretor da unidade na década de 1960.
Foi secretário de Agricultura em Minas Gerais, quando se destacou e foi convidado a assumir o Ministério da Agricultura, que ficou entre 1974 e 1979, em todo o mandato de Ernesto Geisel.
Foi também presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e, desde 2022, esteve à frente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).
Alysson, que ficou conhecido como “patrono da agricultura tropical”, deixa a esposa, Marisa Gonzaga.
Repercussão
O governo de Minas Gerais divulgou uma nota de pesar pela morte do professor, engenheiro e ex-ministro. Diz que ele deixa um “imenso legado para a agricultura do Brasil e do mundo”.
O governo federal também divulgou uma nota de pesar. “A contribuição de Paolinelli para a agropecuária e para o Brasil eternizam sua existência e fazem renascer a cada dia seu espírito inovador”, lamentou o ministro Carlos Fávaro.
(Fonte: site G1).
