Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin

O que o Brasil quer e precisa.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin

Gil Reis*

Não o país e sim a nação.

A resposta para este artigo parece muito simples – a nação precisa de estabilidade, esta é uma resposta que qualquer criança ou leigo alheio ao que acontece neste grande país. A nossa forma de governo é republicana. Comecemos aqui trazendo o conceito de República que é uma forma de governo em que o poder é exercido por representantes eleitos pelo povo e a soberania reside nos cidadãos, em oposição a monarquias hereditárias. O termo vem do latim res publica, que significa “coisa do povo” ou “coisa pública”. As repúblicas se baseiam na soberania popular, na igualdade perante a lei e na separação de poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Será que este conceito pode ser aplicado ao Brasil? Não pretendo responder a esta indagação, meu papel como articulista é trazer informações ao leitor e não induzi-lo a pensar como penso. O leitor baseado nas informações que recebe e na sua cultura que responda.

O site ‘Brasil Escola’ nos informa que ‘Atualmente o Brasil é uma república presidencialista que adota o federalismo como princípio político. O nome do nosso país demonstra essa adoção do federalismo, pois nosso país se chama República Federativa do Brasil. O texto que organizou e rege nosso país é a Constituição de 1988, que determinou que o Brasil seja presidencialista.

No presidencialismo brasileiro, a população vota para presidente a cada quatro anos, sendo possível que um presidente seja reeleito para mais um mandato de quatro anos. Um presidente eleito deve ter mais de 50% dos votos, seja em primeiro turno ou em segundo turno. Quanto ao federalismo, esse princípio político garante que os estados e municípios possuam certa autonomia política.’

Quem pode nos informar é o amigo Luciano Vacari, gestor de agronegócios e CEO da NeoAgro Consultoria, no artigo “Um ambiente imprevisível” publicado em 08/11/2025, que transcrevo e que me parece ter posto ‘as cartas na mesa’ dizendo exatamente o que a nação brasileira quer e precisa (Nação é um grupo de pessoas unidas por características culturais, históricas e de identidade, como língua e costumes e que ocupam um mesmo território, um País.

“Num mundo empresarial repleto de incertezas e mudanças aceleradas, a previsibilidade surge como um verdadeiro farol, guiando empreendedores e investidores em direção a um futuro mais seguro e próspero. Imagine abrir um negócio sem saber quais serão as regras amanhã, os custos do mês que vem ou a estabilidade jurídica do seu investimento. Seria como navegar em um oceano tempestuoso sem bússola ou mapa. É por isso que a previsibilidade não é apenas um conceito desejável, ela é absolutamente essencial para a saúde e o crescimento de qualquer empresa, independentemente do seu tamanho ou segmento.

Em primeiro lugar, a previsibilidade é a base para o investimento correto. Quando um empresário consegue projetar com certa confiança os cenários futuros, ele pode alocar seus recursos de forma mais inteligente e estratégica. Seja para expandir operações, contratar novos talentos ou lançar um produto inovador, a capacidade de prever retornos, custos e prazos é fundamental. Sem essa clareza, o investimento se transforma em um jogo de azar, onde o risco de perder tudo é enormemente ampliado. A previsibilidade, portanto, atrai capital, fomenta a inovação e permite que as empresas cresçam de forma sustentável, gerando empregos e movimentando a economia.

Além disso, um ambiente previsível é a chave para um planejamento eficaz, afinal as empresas precisam traçar metas, definir orçamentos e estabelecer cronogramas. Sem a estabilidade fornecida pela previsibilidade, esses planos viram frágeis castelos de areia, destruídos pela primeira onda de imprevistos.  O desperdício de tempo e dinheiro é uma consequência direta da imprevisibilidade. Projetos são abandonados, estoques ficam obsoletos, e horas de trabalho são perdidas tentando se adaptar a mudanças bruscas de regras ou condições de mercado. Em contrapartida, com regras claras e um horizonte estável, as empresas podem operar com eficiência, otimizando processos e focando seus esforços no que realmente importa: atender bem seus clientes e crescer.

A segurança jurídica é outro pilar fundamental proporcionado pela previsibilidade. Empresários precisam saber que os contratos que assinam serão respeitados, que as leis não mudarão de forma abrupta e retroativa, e que suas empresas, tecnologias e investimentos estão protegidos. Essa certeza é o que permite que negócios de longo prazo floresçam. A insegurança jurídica, por outro lado, afasta investidores, nacionais e estrangeiros, e paralisa a iniciativa privada.

Quem se arriscaria a construir uma fábrica ou desenvolver uma tecnologia se não houver garantias de que o marco legal de hoje será o mesmo de amanhã? Agora imaginem um ambiente inovador e tecnológico como o mercado de insumos agrícolas ou pecuários, onde a cada dia surgem novas moléculas que melhoram a vida do produtor no campo, e tornam a produção mais eficiente e rentável. E é aqui que o papel do Estado se torna crucial.

Significa que mudanças na legislação, especialmente no ambiente regulatório, devem ser discutidas amplamente com a sociedade e implementadas de forma gradual, dando tempo para que as empresas se adaptem. O Estado deve atuar como um facilitador, um garantidor da ordem e da estabilidade, e não como uma fonte de surpresas desagradáveis e onerosas.

Cabe ao poder público, em suas diversas esferas, garantir essa previsibilidade tão necessária. Isso significa estabelecer regras claras, consistentes, duradouras, e principalmente, prazos claros, somente assim o Brasil deixará de ser um país tão imprevisível, caro e lento.”

Assim fica muito claro que a estabilidade de uma nação se traduz na necessária previsibilidade e isto é o que os cidadãos brasileiros querem e precisam para forjar o desenvolvimento, beneficiando a todos.

“Os vícios do poder são basicamente quatro: a demora, a corrupção, a irregularidade e as facilidades” — Francis Bacon, 1561 a 1626, 1°. Visconde de Alban, também referido como Bacon de Verulâmio foi um político, filósofo empirista, cientista, ensaísta inglês, barão de Verulam e visconde de Saint Alban. É considerado como um dos fundadores da Revolução Científica.

*Consultor em Agronegócio