Membros do Comitê Regional para Parcerias com os Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF) conheceram projeto de agricultura em aldeia Xerente
Camila Mitye/Governo do Tocantins
Uma visita técnica de campo à aldeia indígena Cabeceira da Água Fria (Kâwahâ Nisdu), no município de Tocantínia, fechou as atividades do Comitê Regional para Parcerias com os Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF) no Tocantins. Após dois dias de Reunião Ordinária em Palmas, na sexta-feira, 29, os membros do Comitê viajaram até Tocantínia para conhecer um Projeto de Etnodesenvolvimento (Agricultura Akwe Xerente) que está sendo implementado na região, beneficiando 60 famílias de oito aldeias com a plantação de arroz, mandioca, milho e feijão. Nascido a partir de uma demanda da comunidade, o projeto tem apoio da Prefeitura de Tocantínia, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Governo do Tocantins, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins).
Membros do Comitê Regional para Parcerias com os Povos Indígenas e Comunidades Tradicionais da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF) conheceram projeto de agricultura em aldeia Xerente
O projeto tem como principal objetivo a subsistência das famílias que sofrem com a escassez de alimentos, potencializada pelos efeitos da pandemia e da inflação, como explicou o idealizador do projeto, Tiago Xerente. “Conversamos com a comunidade, ouvimos os caciques, os líderes, debatendo a possibilidade de implementar o projeto. O cultivo dos grãos de arroz vai colocar comida na mesa de famílias que não tinham condições, impactadas pela crise que vivemos”, disse, completando ainda que a ideia é, além da autossuficiência na produção de alimentos, comercializar parte da produção no futuro.
Tiago, que é professor de Português no Centro de Ensino Médio Indígena Xerente (Cemix), apresentou as áreas de cultivo e a aldeia Cabeceira da Água Fria aos membros do Comitê, os “parentes” indígenas dos estados da Amazônia brasileira. O jovem Xerente disse que, além do apoio do Estado e do Município, a realização do projeto contou com o aval da Fundação Nacional do Índio (Funai) e o conhecimento do Ministério Público Estadual (MPE).