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Inovação e respeito às patentes: fundamentos para a competitividade e a sustentabilidade do agro brasileiro

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Ronaldo Bueno Rodrigues, engenheiro agrônomo pela Universidade Estadual Paulista (UNESP) – (Foto: Divulgação)

Respeito à legislação sobre propriedade intelectual e ao investimento em pesquisa e desenvolvimento de soluções inovadoras garante a eficácia de produtos fitossanitários e minimiza riscos econômicos ao agricultor

Por Ronaldo Bueno Rodrigues, engenheiro agrônomo pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), especialista em manejo de doenças de plantas pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e diretor de inovação, pesquisa e desenvolvimento (P&D) da UPL Brasil.

A pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias são pilares da produtividade agrícola e da sustentabilidade do agronegócio brasileiro. Essa aposta contínua em ciência aplicada ao campo tem permitido ao país dar saltos significativos em eficiência e desempenho. Como resultado, nas últimas décadas, o Brasil se consolidou como protagonista nas maiores cadeias agroalimentares do mundo – como soja, milho, café e açúcar – impulsionado por um modelo que alia inovação tecnológica à adaptação às condições tropicais.

Nesse ambiente de alta competitividade, o respeito à propriedade intelectual – especialmente às patentes de insumos e tecnologias – é condição indispensável para garantir a continuidade da inovação, a segurança jurídica e o reconhecimento dos investimentos que tornam possível alimentar o mundo com eficiência e responsabilidade ambiental. Afinal, para manter vivo o propósito de reimaginar a sustentabilidade na agricultura, a proteção do investimento em inovação não é apenas um direito: é um fundamento ético e estratégico.

Desenvolver um novo produto – seja um defensivo, uma biossolução ou outras formulações amigáveis ao meio ambiente – exige tempo, investimento e rigor técnico. O ciclo pode levar mais de uma década, da bancada de laboratórios ao campo, e mobilizar centenas de profissionais em estudos de eficácia, toxicidade, impacto ambiental e registro. Quando essa inovação é violada, todo o ecossistema de pesquisa e desenvolvimento é desvalorizado – prejudicando a competitividade da indústria, o retorno do investimento ao agricultor e os avanços rumo a uma agricultura mais sustentável. Enfatizo: cada vez que uma patente é quebrada ou desrespeitada, abre-se um precedente que pode comprometer o futuro da inovação no setor mais competitivo da economia brasileira: o setor agropecuário.

Mais do que uma obrigação legal, proteger a inovação é uma questão de ética. Significa respeitar o trabalho de pesquisadores (cientistas que tanto orgulham nosso país), a integridade dos processos científicos e o compromisso com um agro mais sustentável. Em um segmento guiado por relações de confiança entre empresas, cooperativas, revendas e agricultores, essa ética deve estar no centro das decisões – garantindo previsibilidade, valorização da tecnologia e segurança para quem produz.

O Brasil conta hoje com centros de pesquisa de alta complexidade, voltados à criação de soluções cada vez mais adaptadas às realidades regionais. Para que esse ecossistema continue crescendo, é essencial fortalecer o ambiente de negócios com regras claras, estabilidade regulatória e proteção efetiva à propriedade intelectual. Para que nossa nação siga como líder global do agronegócio, é essencial que todos compreendam: proteger a inovação é proteger o produtor rural – e também a população. É garantir que os frutos da ciência cheguem ao campo, com segurança ao meio ambiente e compromisso com as próximas gerações.

Nesse cenário, iniciativas lideradas por empresas como a UPL – que investe amplamente em inovação no país – reforçam a importância de uma agenda baseada na legalidade, na transparência e no respeito à ciência. Acreditamos que a colaboração é o caminho para uma agricultura mais sustentável, e que essa colaboração precisa ter como base a legalidade, a transparência e o respeito aos ativos da propriedade intelectual. Valorizar as patentes é valorizar o trabalho dos cientistas, a seriedade da indústria e a responsabilidade com o futuro da produção dos alimentos de nossas mesas, das fibras que os vestem e da bioenergia que nos move. Reimaginar o futuro do agro passa, necessariamente, por proteger esses fundamentos.

Rafael Iglesias

Texto Comunicação Corporativa – SP