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Empreendedores paraenses têm seus negócios impulsionados com o registro de Indicação Geográfica

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(Foto: Divulgação)

Com apoio do Sebrae no Pará, produtos como o queijo do Marajó e o cacau de Tomé-Açu buscam novas oportunidades de mercado 

O Japão é um dos principais destinos do cacau produzido no município de Tomé-Açu. A região paraense, conhecida por ser o ponto de entrada de imigrantes japoneses no estado, fortaleceu seu produto ao obter a Indicação Geográfica em 2019 e garantiu o interesse do país asiático. Famílias como a de Keiti Oppata, produtor e presidente da Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA), vêm sentindo o impacto crescente nas vendas para o mercado internacional desde o registro do produto. Somente Tomé-Açu exporta anualmente cerca de 250 toneladas de cacau para lá – quantidade que tem crescido a cada ano.

O processo que levou à Indicação Geográfica – selo oficial que reconhece a origem de um produto e suas qualidades únicas ligadas ao território – começou com um projeto apoiado pela JAICA, a Agência de Cooperação Internacional do Japão. Havia o interesse de inserir os produtos de Tomé-Açu no mercado japonês, mas faltava o impulso para isso. “Foi quando procuramos o Sebrae e tivemos o apoio necessário para dar andamento ao processo de IG”, conta Keiti Oppata.

Logo após a obtenção do selo, a cooperativa exportou o primeiro lote de cacau com certificação para o Japão. “Foi um marco. A indicação geográfica trouxe uma visibilidade maior, inclusive pela relação com a rota da imigração japonesa”, destaca o produtor. 

Quem também sentiu os benefícios da certificação IG foi Gabriela Gouvêa, empresária do ramo de gastronomia e turismo do Marajó. Acompanhada pelo Sebrae desde o início do pedido de IG, Gabriela também viu seu negócio mudar a partir do registro, em 2021. “Para nós, produtores do Marajó, a Indicação Geográfica foi uma verdadeira virada de chave. Passamos a ter segurança jurídica para produzir nosso queijo tradicional e isso abriu caminho para novas oportunidades, como atividades turísticas e a comercialização para o exterior”, conta. A COP 30 ajudou os produtos com IG a ampliar oportunidades no mercado externo. “Estamos iniciando uma fase de atenção ao cliente internacional. O Sebrae nos dá suporte na formação e capacitação para acessar esses espaços e consolidar a marca do Marajó como referência de qualidade, tradição e sustentabilidade”, afirma Gabriela.

O impacto no empreendimento de Gabriela foi para além da propriedade familiar. A experiência também impulsionou atividades turísticas, como a Vivência Mironga, que aproxima turistas da história do búfalo, do queijo e do território. “Temos uma rede de parceiros e fornecedores que se beneficiam com a valorização do produto. Atualmente, não vendemos apenas queijo, vendemos a história, a cultura e o território que ele representa”, explica.

O trabalho do Sebrae mostra que é possível  fortalecer os produtos, as comunidades e o compromisso com práticas mais sustentáveis. “Estamos num processo de qualificação do nosso produto, preparando-o para o aumento da exportação. Atualmente, nosso maior comprador é o Japão, mas esperamos que novas oportunidades de mercado sejam articuladas no futuro, para a região da Ásia e da Europa”, explica Keiti.

Visão estratégica para o mercado internacional

A Indicação Geográfica fortalece a reputação, garante segurança jurídica e abre portas para novos mercados. Por isso, o Sebrae no Pará tem estimulado a busca pela IG,  aumentando as chances de fortalecer os produtores do Pará no mercado internacional. O primeiro passo é identificar e mapear os produtos com potencial para IG. Depois, orientar os produtores sobre o processo legal de registro junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). 

“O Sebrae busca fortalecer os produtos da nossa região que fazem parte da alimentação do paraense. São itens tradicionais, com qualidade reconhecida, origem comprovada, com qualidades únicas e ótima reputação. Nosso trabalho consiste em fortalecer os empreendedores dessas cadeias e tornar seus produtos mais conhecidos e respeitados, especialmente neste ano de COP 30, em que mais pessoas puderam conhecê-los”, explica Rubens Magno, diretor-superintendente do Sebrae no Pará.

Atualmente quatro produtos do Pará possuem registro: o cacau de Tomé-Açu, a farinha de mandioca de Bragança, o queijo do Marajó e o guaraná da Terra Indígena Andirá Marau, que também pertence ao Amazonas. Por meio de consultorias especializadas, o Sebrae auxilia produtores a obter o registro de Indicação Geográfica. “O Sebrae ajuda o produtor a entender se seu produto tem notoriedade, ligação com o território e capacidade de produção e, a partir daí, dá suporte em todas as etapas do registro”, explica Perícles Carvalho, gerente da área de Indicação Geográfica do Sebrae/PA. 

Sobre o Sebrae – O Sebrae é uma entidade privada, sem fins lucrativos. Em nível nacional, a instituição existe desde 1972. No Pará, foi criada dois anos depois, em 10 de maio de 1974. Atualmente, o Sebrae/PA está presente em todos os municípios paraenses, por meio de 13 agências regionais, sediadas em municípios polo, e por meio de pontos de atendimento e das Salas do Empreendedor, em parceria com entidades de classe e prefeituras municipais, respectivamente.

Informações para a imprensa:

AViV Comunicação

Bianca D’Luca (73) 9 8805-9892 – bianca.dluca@avivcomunicacao.com.br

Ana Vitória Gouvêa (91) 9 8649-8484 – ​​ana.vitoria@avivcomunicacao.com.br

Katia Cardoso (11) 9 3775-6426 – katia.cardoso@avivcomunicacao.com.br