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Em nome da fé, pecuaristas e empresários percorrem 220km numa tropeada de Nazaré Paulista à Aparecida do Norte, em São Paulo

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A “Cavalgada do Peró” durou 6 dias, mas com diversos pousos e paradas para preservar o bem-estar dos animais (Fotos: arquivo pessoal de Roberto Paulinelli)

A tradição precisa ser mantida. Com este espírito caipira e relembrando os velhos tropeiros que desbravavam o Brasil Colonial ou de alguns anos atrás que levavam boiadas pelas estradas de chão de Minas Gerais para São Paulo, Mato Grosso ou Goiás ou vice-versa, um grupo de amigos reviveu pela 12ª vez a tradicional Tropeada de Nazaré Paulista à Aparecida do Norte, em São Paulo, também conhecida como “Cavalgada do Peró. São cerca de 220km no lombo de burros e mulas de alta qualidade genética. Para preservar o bem-estar dos animais, os cavaleiros e amazonas viajavam em média 30 a 40km por dia e paravam em fazendas para os pousos descontraídos e descanso dos animais.

No total foram 25 participantes (homens e mulheres) e mais 15 pessoas na equipe de assistência da tropeada, responsáveis pela alimentação do grupo, o cuidado dos animais e os carros de apoio.

Mesmo faltando 112km para chegar à Aparecida, a turma da tropeada estava sorridente e feliz

O garoto Pedro Andrade, de Goiânia, fez sua estreia na tropeada e disse ao repórter Elcinho Ribeiro, da TV A Voz do Romeiro, de Aparecida do Norte, que estava “muito contente em ter participado da viagem, que durou 6 dias encantadores”.

Elcinho Ribeiro ouviu também o depoimento do empresário Onizete de Limeira, que participa desde a primeira edição. Onizete disse que “a tropeada de Nazaré Paulista à Aparecida do Norte é realizada há 12 anos” e destacou que “a viagem é feita com muita tranquilidade para não estressar os animais”.

A chegada ao pátio da antiga igreja de Aparecida do Norte é emocionante

Outros participantes falaram ao Conexão Rural (via vídeochamada) sobre a emoção de participar da “Cavalgada do Peró”.

O fundador da cavalgada, o pecuarista Toninho Peró, afirmou que estava muito satisfeito com o resultado da tropeada de 2023. “É uma satisfação muito grande estar aqui na Casa da Mãe Aparecida e agradecer, primeiramente, a Deus, e à Nossa Senhora Aparecida e à minha família e a todos esses companheiros que estão aqui. É uma alegria muito grande  para mim e satisfação participar há vários anos deste evento. Graças a Deus tem dado tudo certinho e tem sido abençoado. E eu acredito que Deus e Nossa Senhora vão abençoar o retorno dos companheiros para suas casas em suas cidades de origem e se Deus quiser ano que vem nós estaremos juntos aqui de novo. Se tiver mais algum amigo que quiser vir estaremos à disposição”, declarou Peró.

Toninho Peró, um dos fundadores da tropeada, no pátio da antiga igreja de Aparecida, ao lado dos amigos Roberto e Onizete

O pecuarista e empresário Roberto Paulinelli viajou 2 mil km de Rio Maria, no Pará, de avião até Nazaré Paulista e lá incorporou-se ao grupo de romeiros, devotos de Nossa Senhora Aparecida. “É a segunda vez que estou vindo aqui em Aparecida. Realmente é uma emoção muito grande. São seis 6 dias de cavalgada. Todo mundo tendo muito cuidado com o bem-estar dos animais. Paramos em várias pousadas e ao longo da viagem vimos muitas paisagens lindas e encantadoras.  Realmente é um passeio muito gratificante. A gente fica emocionado a cada trecho da viagem que vai passando. Então, é uma emoção indescritível. Uma viagem muito bonita mesmo. Compensa a distância que a gente anda, as dificuldades que a gente passa durante a cavalgada, mas é muito compensador”, destacou Roberto Paulinelli, um apaixonado por muares.

Na porta da velha e bela igreja de Aparecida, todos os participantes da tropeada demonstram a verdadeira fé em Deus e em Nossa Senhora Aparecida

Também de Rio Maria, no Pará, o empresário e pecuarista Gilmar do Posto, disse que estava “muito emocionado e feliz em participar da Cavalgada do Peró” e acrescentou que, “se Deus quiser ano que vem estaremos aqui juntos de novo”.

Outro empresário e pecuarista apaixonado por mulas e que sempre participa da “cavalgada do Peró” é o goiano Fábio Júnior. Na porta da antiga igreja de Nossa Senhora Aparecida, onde os cavaleiros e amazonas finalizaram a tropeada, ele declarou ao Conexão Rural que foi uma viagem tranquila e maravilhosa. “Foi uma cavalgada abençoada. Graças a Deus e à Nossa Senhora Aparecida deu tudo certo. A turma chegou toda em paz. Tudo tranquilo por aqui e todos felizes com a tropeada”, ressaltou Júnior, que reside em Goiânia.

Uma coisa é certa: todos os participantes da Cavalgada do Peró retornaram para suas cidades felizes da vida e com a alma renovada

As quatro mulheres que participaram da “Cavalgada do Peró”, esposas de pecuaristas, destacaram que “gostaram muito da viagem e que estavam felizes em concluir todo o percurso em paz, com a graça de Deus e de Nossa Senhora Aparecida”.

Além de Nazaré Paulista, do Pará e Goiás, também participaram da tropeada cavaleiros de Mogi das Cruzes, Limeira e de outras cidades de São Paulo.

Os bastidores da Tropeada de Nazaré Paulista à Aparecida do Norte (SP), os depoimentos de participantes e as belas imagens das paisagens exuberantes, você verá no Conexão Rural do próximo fim de semana.

Ao centro, os velhos amigos Roberto Paulinelli e Gilmar do Posto viajaram 2 mil km, de Rio Maria (PA), para participar da tropeada em São Paulo ao lado dos amigos e também amantes dos muares Toninho Peró e Fábio Júnior

A cobertura da “Cavalgada do Peró” teve o patrocínio do Frigorífico Rio Maria, de Rio Maria (PA), e da Agrosol – sementes de pastagens – Av. Castelo Branco, nº 1704 – Setor Coimbra, Goiânia (GO) – Telefone: (62) 3291-4451.

Por Lima Rodrigues