As biotecnologias da reprodução animal buscam cada vez mais unir a produtividade das fazendas às práticas de bem-estar animal, e traz melhores resultados ao pecuarista
A busca pelo aumento da eficiência produtiva do rebanho é um dos motivos pelos quais o pecuarista adere às práticas de reprodução assistida do gado, principalmente à inseminação artificial em tempo fixo (IATF). Na pecuária de corte a previsibilidade reprodutiva é o pilar importante, trazendo através da estação de monta, a otimização de manejo de nascimento e programando a melhor época para que tenhamos bezerros mais saudáveis que serão os bois mais pesados no futuro. Já para o gado de leite, a prática contribui para a redução do período vazio das fêmeas, melhorando a produção de leite média do rebanho e, por consequência, ocorre uma melhor diluição dos custos fixos das fazendas além de acelerar o ganho genético pelo melhor desfrute das bezerras que ficarão no plantel.
A estação de monta é o período em que se intensifica o manejo de fecundação das fêmeas, e que permite pensar de forma estratégica todos os outros períodos importantes da fazenda relacionada ao manejo nutricional e sanitário do rebanho, além de ter um controle maior dos nascimentos.
No Brasil, a entrada do período das chuvas é o mais utilizado pelos produtores por ser um período com melhor qualidade e maior disponibilidade de forragens para o gado, posto que as vacas apenas ciclam quando estão bem nutridas. Isso também vale para a recuperação pós-parto. Vacas com boa condição corporal tendem a retornar ao ciclo estral normal cerca de 40 dias após a parição, o que possibilita que os intervalos entre partos sejam menores, com a fêmea sendo capaz de produzir 1 bezerro por ano.
Com a parição programada para os meses entre agosto e outubro os animais passam por menos desafios ambientais, quando a incidência de parasitos é menor e o clima não é mais tão propício para doenças como a pneumonia. Da mesma forma, a desmama dos bezerros entre março e abril (7 – 8 meses de idade) elimina o estresse das vacas em estar amamentando durante a época seca.
Para tanto, o uso de biotecnologia na reprodução animal como por exemplo a IATF já é consagrado, ao mesmo tempo, cuidados com os animais ajudam os profissionais a terem melhores resultados com a biotecnia. O bem-estar animal deve estar na pauta central dos protocolos de reprodução na pecuária e, ações ao entorno do tema, bem como sanidade animal devem crescer, em adoção, cada vez mais nos próximos anos.
Entrando mais especificamente em protocolos de IATF sabemos que o rebanho brasileiro de corte que tem por base genética o zebu (bos indicus) performam melhor nesses programas com um suporte gonadotrófico no final do ciclo de sincronização. Para isso temos hoje no mercado duas bases de gonadotrofina a já consagrada eCG (Gonadotrofina Coriônica Equina). “O eCG, muito utilizado nos protocolos reprodutivos dos bovinos, é um produto obtido a partir do plasma de éguas entre 60 e 90 dias de prenhez, prática que gera importantes discussões entre os profissionais de reprodução animal”, explica Marcos Malacco, médico-veterinário gerente de serviços veterinários para bovinos da Ceva Saúde Animal. Pensando nisso a Ceva Saúde Animal começou, nos últimos anos, a desenvolver protocolos pensando na substituição desse hormônio através do uso de hCG (Gonadotrofina Coriônica Humana) e vem tendo sucesso dentro dos manejos reprodutivos nas fazendas brasileiras conseguindo manter índices de taxa de concepção bem semelhantes aos obtidos com a outra gonadotrofina.
Além de não ter questionamentos quanto ao bem-estar animal na sua forma de obtenção, os benefícios de protocolos de IATF que utilizam o Fertigon® (hCG) englobam um menos período de ação biológica, que é de até 30 horas no organismo da vaca, enquanto eCG tem efeitos que duram entre 3 e 4 dias. “As fazendas que adotaram o hCG em substituição do eCG em seu protocolo também relatam redução de 4% das superovulações e gestações gemelares. Relatam também uma ótima taxa de fertilização dos oócitos, com alta qualidade embrionária e bons resultados de prenhez a campo”, Malacco reforça.
O médico-veterinário também elucida que os protocolos hormonais de IATF são diferentes para animais de corte e animais de leite devido às diferentes características metabólicas e reprodutivas, e também sofrem mudanças de acordo com o sistema de produção – os animais mantidos à pasto necessitam de um protocolo com menos progesterona do que os animais em confinamento, como é o caso do gado de leite.
Amiga do bem-estar animal e consciente das particularidades de cada rebanho, a Ceva Saúde Animal criou junto com o seu time técnico o ReprodAction®, um programa completo para a implementação de IATF para vacas a pasto, em anestro, que dispensa a utilização de eCG e adota o Fertigon® (hCG), ideal para os produtores que buscam aumento na taxa de ovulação, qualidade do corpo lúteo e bons resultados de prenhez no rebanho.
“O ReprodAction® é um programa completo, para rebanhos de corte, adaptado para as particularidades de cada criador. Combinado aos aspectos de bem-estar animal e manejos nutricionais e sanitários adequados, o ReprodAction® é uma excelente solução para a melhoria reprodutiva do rebanho, que pensa no bem-estar animal e afeta positivamente o bolso do produtor”, finaliza.
Sobre a Ceva Saúde Animal
A Ceva Saúde Animal é uma multinacional francesa, comprometida com o desenvolvimento de produtos inovadores para o mercado de saúde animal. A empresa, que está presente em mais de 110 países, foca sua atuação na produção e comercialização de produtos farmacêuticos e biológicos para animais de companhia e produção. Mais informações em: www.ceva.com.br
Mayra Dalla Nora