
País exportou 5,2 milhões de toneladas de frango em 2024; tecnologia reforça barreiras contra vírus na produção
O Ministério da Agricultura prorrogou o estado de emergência zoossanitária em função da gripe aviária. Em vigor desde outubro de 2023, quando foram confirmados os primeiros casos de infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 em aves silvestres no Brasil, o status permite acelerar recursos e medidas de contenção, reforçando a importância de tecnologias voltadas à biossegurança e à eficiência sanitária no transporte de animais. Em 2024, o país teve receita de US$ 9,9 bilhões ao exportar 5,2 milhões de toneladas de carne de frango, segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Além dos impactos econômicos que uma reincidência das doenças pode causar, o controle desses vírus tem implicações diretas na saúde pública, uma vez que podem ser transmitidos aos seres humanos. A gripe aviária, por exemplo, se transmite pelo contato direto entre animais infectados ou por superfícies contaminadas, sendo as aves migratórias importantes vetores. Para sustentar o bom desempenho do setor e evitar contaminação, a cadeia produtiva opera sob múltiplas frentes de proteção: Barreiras sanitárias nas propriedadesÉ preciso intensificar o controle de acesso de pessoas, veículos e equipamentos, com a adoção de barreiras sanitárias e criar procedimentos padronizados de desinfecção de calçados, roupas e materiais. Também é importante, instalar vestiários e áreas de quarentena para uso obrigatório antes da entrada nas áreas produtivas. Além disso, garanta que todos, incluindo visitantes, sigam protocolos rigorosos de higienização ao acessar as instalações. Manejo adequadoA redução do estresse animal é uma das chaves para prevenir doenças. Para isso, são adotadas práticas como controle de densidade populacional, ventilação adequada, limpeza constante das instalações e separação dos animais por faixas etárias. O manejo também prevê o descarte seguro de carcaças e resíduos orgânicos, seguindo as normas sanitárias para evitar a proliferação de vetores. Higienização no transporte animalEntre os pontos mais sensíveis para a contenção de surtos está o transporte de animais. Caminhões que circulam entre propriedades, se não forem devidamente higienizados, podem contribuir para a propagação de agentes infecciosos. “A biossegurança não pode ser um gargalo logístico. Quando um caminhão fica parado 48 horas para descontaminação, isso impacta toda a cadeia produtiva – desde o bem-estar animal até a entrega do produto final. Tecnologias automatizadas ajudam a tornar esse controle mais ágil e eficiente”, comenta Vinicius Dias, CEO do Grupo Setta. Para tornar esse processo mais eficiente, tecnologias automatizadas vêm sendo adotadas. Um exemplo é o TADD System (Thermo-assisted Drying and Decontamination), desenvolvido e patenteado pelo Grupo Setta, que realiza a descontaminação em 48 minutos usando ar aquecido, sem produtos químicos. Monitoramento constanteA vigilância epidemiológica ativa inclui coleta regular de amostras para análises laboratoriais, acompanhamento veterinário especializado e registro de indicadores de saúde. Sistemas com alerta automático permitem detectar alterações nos padrões comportamentais ou produtivos dos rebanhos, possibilitando resposta rápida. Vacinação estratégicaQuando autorizada pelos órgãos reguladores, a vacinação é aplicada de forma estratégica, com base em análises de risco epidemiológico. Os protocolos consideram a circulação viral regional, a sazonalidade das doenças e as características de cada sistema produtivo, sempre com supervisão de médicos veterinários credenciados. “Cada elo da cadeia precisa estar preparado para reagir com rapidez e precisão diante de qualquer ameaça. A biossegurança deixou de ser uma escolha e passou a ser uma condição para o futuro da produção animal”, conclui o executivo. Sobre o Grupo SettaO Grupo Setta é um conglomerado de empresas com mais de 29 anos de experiência e sólida atuação em engenharia elétrica no Brasil. Especializada em soluções integradas, a empresa se dedica a impulsionar a eletrificação, automação e digitalização, capacitando indústrias na transição energética. Suas frentes de atuação incluem a fabricação de painéis elétricos, projetos e construções elétricas, automação industrial e a comercialização de produtos por meio das Lojas Setta. O Grupo Setta também é detentor da patente do TADD System, uma tecnologia que reduz o tempo de desinfecção de transportes de animais, otimizando a segurança sanitária no agronegócio. Com foco em eficiência operacional, segurança e sustentabilidade, o conglomerado investe continuamente em inovação e no futuro da engenharia. |