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Brasil na linha de frente das soluções globais abre debate do CNMA 2025

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Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura e professor emérito da Fundação Getúlio Vargas (FGV)
Rodrigo Romeo/Alesp

Painel de abertura terá as presenças do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, entre lideranças da política e do agro

O papel estratégico do Brasil na construção de um mundo melhor será o foco do painel de abertura do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio (CNMA), que ocorre nos dias 22 e 23 de outubro, no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP). Com o tema “Brasil, o país que muda o mundo para melhor!”, o evento reúne no primeiro dia lideranças políticas e referências do setor agropecuário para discutir os caminhos possíveis diante dos desafios globais. 

Participam do painel o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; a senadora e ex-ministra da Agricultura, Tereza Cristina; o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai; e a diretora de Promoção Comercial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Ângela Peres. Também são esperadas as presenças do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e do secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho da capital paulista, Rodrigo Goulart. A moderação será conduzida pelo ex-ministro da Agricultura e professor emérito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues. 

Embaixador especial da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) desde 2012, Rodrigues entende que hoje o Brasil tem papel fundamental num momento em que o mundo vive uma “desordem” e que está sendo afetado pela polarização ideológica, política e religiosa. Ele avalia que a chegada de Donald Trump novamente à presidência dos Estados Unidos agravou esse quadro, criando um desarranjo institucional sem precedentes na história contemporânea em termos geopolítico e comercial.  

 “Vivemos um momento de profunda incerteza. Trump acelerou o processo do que chamo de ‘quatro modernos cavaleiros do apocalipse’, que são insegurança alimentar, transição energética, mudanças climáticas e desigualdade social. Dos primeiros todo mundo fala, mas para mim o pior de todos é a desigualdade social, que é uma ameaça à democracia no mundo inteiro e à paz universal”, pontua.  

Para o professor emérito, a solução para todos esses problemas é a agricultura tropical, praticada em regiões com clima tropical, caracterizadas por altas temperaturas e chuvas abundantes, geralmente localizadas próximas ao Equador, em países na América do Sul, dentre eles o Brasil, África, Ásia e Oceania. Ele explica que nessa faixa há terra livre para incorporar a produção e a tecnologia em alguns lugares ainda é muito baixa. “Mas qual é o único país do mundo que desenvolveu uma tecnologia sustentável, replicável nesta faixa tropical? O Brasil criou uma condição única após a criação da Embrapa nos anos 80, e sua evolução está sendo espetacular. Dito isso, cabe ao país ser o protagonista desse crescimento extraordinário da agricultura tropical nesse cenário todo.” 

Em número, Rodrigues lembra que de 1990 até hoje, a área plantada com grãos cresceu 100% no Brasil e a produção quase 150%, graças a sua tecnologia. Outro ponto favorável ao país é sua matriz energética 50% renovável, em contraponto ao resto do mundo, que é de 15%. “A agricultura brasileira produz 25% da matriz energética do Brasil. Isso é aplicável na África, na Ásia, América Latina. Fazemos tudo isso com ciência e tecnologia, mitigando e adaptando mudanças climáticas, gerando emprego e renda. O Brasil pode fazer um mundo melhor criando estratégia para assumir esse protagonismo”, afirma.  

Protagonismo feminino 

Em relação à importância das mulheres nesse contexto, Rodrigues acredita que a questão de gênero não altera sua condição competitiva, e que não há nada que interfira na capacidade de elas fazerem as coisas que os homens fazem. Além disso, destaca, a opinião feminina tem um peso muito mais maduro do que a masculina, que pode ser mais flexível em função das emoções políticas e ideológicas. “A mulher é firme e seu compromisso mulher é essencial. Eventos como o CNMA são importantes porque as mulheres que assistirem ao painel irão espalhar o que for debatido, criando uma consciência coletiva mais abrangente sobre o tema”, assegura.  

Segundo o secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Guilherme Piai, hoje, cerca de 30% dos estabelecimentos agropecuários no Brasil já têm mulheres na gestão, e em São Paulo esse número segue crescendo, com apoio do governo de São Paulo. “Protagonismo na produção, na pesquisa e no empreendedorismo, e o Congresso das Mulheres do Agronegócio é fundamental para dar visibilidade e ampliar ainda mais essas conquistas”, acrescenta.  

Para a ex-ministra Tereza Cristina o CNMA é atualmente um evento fundamental para fortalecer o protagonismo das mulheres no campo. “O agro brasileiro é inovador, é dinâmico e repleto de oportunidades e as mulheres têm desempenhado um papel fundamental nessa transformação”, conclui.  

Inscrições abertas 

A expectativa deste ano é receber mais de 3.300 congressistas na edição especial do CNMA 2025. As inscrições já estão abertas, com um lote promocional disponível em: 

Evento: Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio 

Data: 22 e 23 de outubro de 2025 

Local: Transamerica Expo Center – Av. Dr. Mário Vilas Boas Rodrigues, 387 – Santo Amaro – São Paulo/SP 

Informações e Inscrições: www.mulheresdoagro.com.br  

Instagram: @congressodasmulheresdoagro 

Informações para a imprensa
Attuale Comunicação – (11) 4022-6824