Por Flávia Cristina de Oliveira e Silva, médica-veterinária, mestre e doutora em zootecnia pela Universidade Federal de Minas Gerais e analista de mercado agro da Belgo Arames.
Não é segredo que nutrição é um dos pilares para o bom desenvolvimento do rebanho bovino, contribuindo não apenas para o peso corporal adequado, mas também para o bem-estar dos animais – além, é claro, da maior quantidade e qualidade de carne e de leite. Mas nunca é demais reforçar que os criadores devem ficar atentos à alimentação porque este é um tópico essencial para o sucesso ou o prejuízo do negócio.
Nesse sentido, a atenção deve envolver a qualidade e a própria origem dos insumos, bem como o armazenamento correto.
A silagem tem sido uma opção nutricional cada vez mais utilizada em sistemas intensivos de pecuária – de leite e de corte e, assim como os produtos industrializados (rações prontas e suplementos) precisa seguir determinadas etapas para cumprir bem sua função nutricional. O manejo correto da silagem e sua preservação mantém a qualidade do material ensilado.
O processo de ensilagem envolve plantio, colheita, picagem, compactação e vedação do silo. Após a vedação do silo, o ambiente anaeróbio – no qual não há entrada de oxigênio – deve ser mantido, permitindo o crescimento de bactérias que reduzem o pH da massa ensilada, inibindo o crescimento de leveduras e fungos. Assim, a material ensilado continuará fermentando e conservando o seu valor nutritivo muito próximo do da planta colhida, usualmente milho e sorgo.
No Brasil, é comum os produtores utilizarem filme plástico dupla face para vedação do silo, etapa que pode durar até dois anos. A sugestão é colocar um peso na lona para ter maior aderência. Fica aqui um alerta pois não é incomum haver exemplos de silos mal vedados, permitindo a entrada do oxigênio, o que deteriora a silagem, gerando a produção de ácido acético, ácido butírico e amônia, que dão odor pútrido na silagem. Além disso, há queda no valor nutricional e redução da palatabilidade para os animais, levando à redução no consumo. Em outras palavras, se mal cuidada, a silagem não produzirá os benefícios desejados.
As falhas de proteção do silo também são prato cheio para os animais. É o caso do javaporco, que pode causar grandes danos e impactos econômicos. Sua presença vem aumentando sensivelmente nas propriedades agrícolas e de criação. Eles são especialistas em devorar lavouras e silagem. Os produtores rurais devem se precaver contra esses animais para garantir a proteção do insumo e manutenção de sua qualidade.
Cercar a área do silo é uma medida de proteção indispensável. Mas é preciso fazer um cercamento de qualidade para não se arrepender mais tarde. A Belgo Arames desenvolveu a tela Belgo Javaporco®, cerca inteligente e versátil, com 11 fios na horizontal, que comprovadamente impede a invasão de animais. Além disso, entrega alta durabilidade devido à camada pesada de zinco e alta resistência ao impacto de animais de médio e grande porte, além de ser um produto de fácil instalação e manutenção.
Rafael Iglesias
Texto Comunicação – SP