Atualmente, há mais mulheres e maior nível de escolaridade no campo
O agronegócio brasileiro se consolida como um dos setores mais dinâmicos e
estratégicos da economia nacional. Isso ocorre não apenas pela expressiva
produção e liderança nas exportações mundiais e também pela sua força na
geração de empregos qualificados em todas as regiões do país. Mesmo diante dos
desafios econômicos que o Brasil enfrenta, o segmento registrou um novo recorde
de ocupação no segundo trimestre de 2025, com 28,2 milhões de trabalhadores. O
valor representa 26% do total da população ocupada do país, segundo dados do
Cepea e da CNA.
Com o crescimento no volume de empregos, o agronegócio se destaca pela
elevação do nível educacional entre os seus profissionais. Entre o biênio (2024 e
2025) houve aumento de 4,5% no número de trabalhadores com ensino superior
completo, além de um crescimento significativo na presença feminina, que avançou
1,9% no período. Reforça-se uma tendência de maior inclusão e diversidade no
campo.
Na GIROAgro, por exemplo, aproximadamente 40% do eu quadro de colaboradores
é composto por mulheres, das quais mais de 25% ocupam cargos de liderança. O
setor administrativo chama atenção pela representatividade feminina em cargos de
gestão, em que metade dos líderes são mulheres.
Esses dados evidenciam que o setor não é apenas um gerador de oportunidades,
mas também promotor da qualificação profissional. Desta maneira, alinha-se com as
demandas de eficiência, inovação e sustentabilidade que marcam o novo ciclo do
agronegócio brasileiro.
Para Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, “a qualificação da mão de obra e a
inclusão de mulheres no agronegócio são fatores cruciais para a sustentabilidade e
o crescimento do setor. Investir em capacitação e diversidade não é apenas uma
questão social, mas também estratégica para aumentar a produtividade e a
competitividade do Brasil no mercado global”.
Segundo dados recentes da Agência Macfor, o número de mulheres em cargos de
liderança no agronegócio cresceu 79%. Entretanto, elas administram cerca de 8,5%
das propriedades rurais do Brasil; atualmente, 34% delas ocupam posições de
liderança do agronegócio. A pesquisa mostra que a região nordeste concentra 57%
dos líderes do grupo feminino no agro.
O avanço do agronegócio no mercado de trabalho impõe também o desafio de
contínua adaptação às novas tecnologias e práticas sustentáveis, que exigem
profissionais cada vez mais capacitados e preparados para os novos aparatos
tecnológicos. Movimentam-se esforços junto a instituições de ensino, empresas e
políticas públicas para desenvolver programas de formação que atendam às
necessidades específicas da produção agropecuária moderna.
Em um cenário global de competitividade acirrada e pressões ambientais, a
combinação do crescimento na geração de empregos, o aumento do nível escolar e
a maior participação feminina refletem a resiliência e o potencial do agronegócio
brasileiro. Este é um momento propício para intensificar o investimento no capital
humano do campo, fortalecendo a base para o sucesso sustentável do agronegócio nas próximas décadas.