Há milhares de anos, a relação entre os cavalos e os seres humanos vem evoluindo e se fortalecendo constantemente. Entre 3 mil e 4 mil anos a.C. já há relatos sobre cavalos serem aliados nas guerras, e hoje são aliados até mesmo em algumas terapias, como terapias assistidas e reabilitações.
“Esses animais foram peças fundamentais na história, utilizados como um dos primeiros modos de transporte pelos humanos. Eles merecem todo o cuidado e atenção necessária. É fundamental sempre reforçar a importância de um bom manejo e de medidas de prevenção a lesões e enfermidades que possam vir a sofrer, tendo em vista que hoje atuam como grandes estrelas em esportes, além de serem essenciais aliados na vida no campo”, destaca Maria Amélia Salviano, Gerente de Marketing Equinos na Vetnil, uma das empresas líderes em medicamentos e suplementos para equinos no Brasil.
Para difundir ainda mais o conhecimento sobre os cavalos, a Vetnil, instituição que preza pela saúde animal e melhoria contínua de cada um dos elos do mercado equestre, lista algumas curiosidades sobre as particularidades fisiológicas desses animais. Confira!
Sistema digestório
Apesar de ser um animal grande, os equinos possuem estômago relativamente pequeno (com capacidade variável de 8 a 15 litros) e, quando criados soltos à pasto, podem passar de 12 a 20 horas por dia se alimentando em pequenas porções de alimentos volumosos, como capim e gramíneas.
Além disso, esses animais não possuem a capacidade de vomitar, o que facilita a dilatação gástrica e pode predispor a algumas enfermidades no trato gastrointestinal. Isso ocorre, devido a uma limitação anatômica na região do esfíncter cárdico (entrada do estômago):a estrutura possui uma musculatura bem espessa e desenvolvida e isso, associado à entrada oblíqua do esôfago, está relacionado à incapacidade do cavalo de eructar e vomitar. Outro aspecto importante é o fato de os cavalos não possuírem o centro do vômito bem desenvolvido, no sistema nervoso central, responsável pelos impulsos e comandos do ato.
Mais uma característica interessante dos equinos é que as alças intestinais somam quase 30 metros de comprimento, distribuídas de forma ordenada na cavidade abdominal. Os equinos possuem grande sensibilidade e diversas particularidades ao longo do aparelho digestivo. Dessa forma, conhecer a anatomia e a função desse sistema facilita o entendimento e auxilia principalmente em relação ao manejo e às doenças que se desenvolvem, como as síndromes cólicas.
Cabeça
Graças à posição lateral dos olhos, cavalos possuem campo de visão periférico, sendo capazes de identificar possíveis ameaças facilmente. A posição lateralizada limita a visão binocular, diminuindo o senso de profundidade do animal. Outro ponto importante é a excelente acuidade visual no escuro, tornando-os capazes de reconhecer formas e captar imagens mesmo em locais com baixa luminosidade.
As vibrissas (pelos táteis presentes ao redor dos lábios) permitem que os cavalos sintam o que está imediatamente à frente, sendo importantes auxiliares da área sensorial e atuam como órgãos táteis capazes de guiá-los, “compensando” a falta de visão frontal. Assim, auxiliam a explorar o entorno, contribuindo para captação de alimentos, investigação de objetos, possíveis ameaças e contato social com pessoas e outros animais.
A respiração dos equinos é obrigatoriamente nasal, devido à anatomia do sistema respiratório. A orofaringe e a nasofaringe são totalmente separadas pelo palato mole -estrutura muscular longa que reveste o teto da cavidade oral e o assoalho da cavidade nasal, separando as duas estruturas e impedindo os atos de inspirar e expirar pela boca.
O conhecimento sobre a arcada dentária dos cavalos e suas particularidades nos permitem avaliar aspectos importantes, como a saúde e a idade desses animais. Os equinos são herbívoros e consomem altas quantidades de forragem, tendo assim uma dentição adaptada para apreender a mastigar adequadamente os alimentos. Normalmente, os cavalos possuem de 36 a 40 dentes, o que pode variar devido à presença ou não dos caninos e dentes de lobo.
Gestação
Período que necessita de muita atenção, a gestação das éguas é longa, durando em média de 330 a 350 dias (aproximadamente 11 meses). Nesse período, elas precisam de cuidados especiais em relação a suplementação, controle sanitário, manejo, acomodações, nutrição e acompanhamento veterinário. Os partos costumam ocorrer próximos ao início da primavera, visto que a estação de monta nessa espécie ocorre em estações com maior período de luminosidade, como primavera e verão.
Sono
O sono dos cavalos também é um aspecto curioso, visto que essa espécie possui a habilidade de dormir em pé. O fato de serem classificados como presas fáceis de outros animais fez com que, evolutivamente, desenvolvessem o hábito de dormir nessa posição para facilitar a fuga de uma possível ameaça. Devido a estruturas anatômicas e a um aparato suspensor que auxiliam na sustentação do peso corporal, os equinos são capazes de relaxar em estação. Um ligamento importante denominado suspensor do boleto auxilia na fixação das articulações da região, impedindo-as de flexionar enquanto estão dormindo.
O sono dos equinos pode ser dividido em duas fases: a fase de sono REM ou paradoxal, na qual apresentam movimento rápido dos olhos, atonia e perda de tônus muscular, e a fase de sono NREM. Os cavalos apresentam um padrão de sono adaptado, dividido em pequenos fragmentos, por aproximadamente três horas, principalmente no período noturno, e alternando entre as diferentes fases para atingir um sono completo. Aproximadamente 30 períodos de sono NREM com duração de 3 a 4 minutos cada são divididos ao longo do dia, período no qual o animal consegue descansar em pé, porém para atingir o sono REM o cavalo precisa estar em decúbito. Ou seja, cavalos não só podem, mas precisam deitar para dormir também, ainda que por um período mais estrito.
“Os cavalos são animais dóceis e têm hábitos e comportamentos únicos. Todas essas características precisam de atenção e cuidados especiais dos proprietários e cuidadores, sendo importante atender às necessidades do animal para a manutenção de sua sanidade e bem-estar. Entram nessa conta o manejo adequado e as medidas preventivas às lesões ou enfermidades. Para atender a essa demanda, a Vetnil desempenha importante papel na saúde equestre há 30 anos, contribuindo com seu amplo portfólio para as mais diversas exigências do mercado”, finaliza Maria Amélia.
Isadora Fabris
Texto Comunicação Corporativa – SP |