Por Rodolfo Rezende
Depois de um ano agitado e vivendo na pele transformações em modelos de negócios com aplicação de tecnologias emergentes, o que será que nos aguarda em 2024? Vimos que não há como fugir desse cenário – afinal, empresas que buscam ser competitivas, eficientes e sustentáveis, já incorporaram ou estão adotando o uso de IA nos negócios.
Essa é uma questão que vêm fazendo parte do planejamento estratégico de diversas empresas para este ano, e não há dúvidas que os avanços tecnológicos que presenciamos é um caminho sem volta e, aqueles que não se adaptarem, ficarão para trás.
Diversas empresas já incorporaram ou estão implementando o uso IA generativa e outros modelos de tecnologia que mexem com o jogo nos negócios, levando a tecnologia assistiva a um novo nível: nós moldamos a IA, e a IA nos molda. Segundo a Gartner, até 2025, a IA generativa será uma parceira da força de trabalho para 90% das empresas em todo o mundo.
Vale destacar que a IA não é apenas uma tecnologia ou uma tendência de negócios, mas uma mudança profunda na forma como nós humanos e máquinas interagimos. Até porque, por mais revolucionária que seja, essa ferramenta não tem a capacidade de sozinha, transformar toda uma empresa. Sendo assim, destaco quatro tendências que as organizações precisam estar atentas em 2024.
#1 AI Driven Mindset: defina a cultura de IA da sua organização. Alinhe as estratégias com base nos benefícios, custos e riscos dos tipos de casos de uso dessa tecnologia. É importante que as companhias incluam a IA na sua cultura, mas tenham em mente que é preciso trabalhar e aprimorar esse recurso para que ele seja adequado àquilo que a organização deseja, o que favorecerá ainda mais o seu desempenho e competitividade. Isso porque, ainda segundo o Gartner, 73% dos CIOs disseram que suas empresas planejam aumentar o financiamento em IA e aprendizado de máquina em 2024 em comparação com 2023.
#2 Enginner platform: essa é uma tendência voltada, principalmente, para a área de produtos da empresa. Apesar de ser um setor vital para o crescimento da organização, é comum observarmos a interrupção de ideias que necessitam ser aprimoradas até o seu resultado. Por isso, destaco seus quatro principais pilares, sendo: visão alinhada, para garantir que todos na empresa entendam a visão do produto e como ele se encaixa nos objetivos gerais beneficiando os clientes finais, alinhando esforços e recursos para atender as expectativas do setor; feedback constante, em que uma cultura de gestão de produtos enfatiza a importância do feedback contínuo dos usuários e do mercado para aprimorar e adaptar os produtos às necessidades constantemente; tomada de decisão orientada por dados, ou seja, basear as decisões em dados e métricas relevantes para orientar o desenvolvimento e aprimoramento do produto; e, por fim, a colaboração entre equipes, com o intuito de encorajar e garantir uma compreensão comum dos objetivos do produto e necessidades do mercado para que, juntos, promovam a inovação. Desta forma, é fundamental que, no próximo ano, as empresas busquem ampliar os investimentos nessa área, utilizando recursos como a própria IA, com o objetivo de ampliar a produtividade e revolucionar produtos e serviços.
#3 ESG: buscar um crescimento sustentável também deve ser uma prioridade das empresas. É importante destacar que na agenda ESG, mais do que aprimorar o desenvolvimento organizacional em prol do meio ambiente e sociedade, é essencial que a organização alavanque seu potencial organizacional, obtendo redução de custos e riscos e estabelecendo KPIs favoráveis de desempenho por meio de uma sólida governança corporativa. Desta forma, vejo como importantes alguns pilares estratégicos: reputação e branding, em que as práticas sustentáveis e responsáveis ajudam a construir uma imagem positiva da empresa, melhorando a reputação e a relação com clientes, investidores e a comunidade em geral; risco e resiliência, a gestão de riscos relacionados a questões ambientais, sociais e de governança ajuda a empresa a se adaptar a mudanças regulatórias, condições de mercado e eventos inesperados, melhorando sua resiliência; atração e retenção de talentos, uma vez que muitos profissionais procuram empresas que apoiem e apliquem de forma prática questões éticas e sustentáveis e se identificam com o propósito da companhia; e eficiência operacional, por meio de estratégias ESG que levem a práticas mais eficientes e inovadoras, reduzindo desperdícios e custos. As tecnologias emergentes têm um papel importante em apoiar as iniciativas ESG. Por isso, muitas empresas já estão linkando bônus de C levels com ESG.
#4 Cloud Computing: está mais do que comprovado que a utilização de plataformas em nuvem agrega na segurança de dados. Além de proporcionar ampla acessibilidade e visualização das informações, viabiliza uma gestão multiplataforma e eficiente. Certamente, essa tecnologia deve continuar crescendo em 2024. Afinal, para muitas empresas, esse tem sido o pontapé inicial para o começo da jornada de transformação digital.
Todas essas tendências têm em comum o fato de estarem alinhadas com a atual fase do crescimento da utilização da IA nos negócios. Sendo assim, para que sejam implementadas com máxima assertividade, é necessário que haja uma mudança no mindset organizacional – algo que não é uma tarefa simples, mas que pode ser facilitada por meio do apoio de uma consultoria especializada.
Vale lembrar que, durante essa jornada, é importante selecionar, dentre as opções, a empresa que tenha um bom exemplo da utilização desses recursos, com competência global, além de colocar em ação toda expertise de negócio favorecendo os resultados do cliente.
Não há como negar que estamos diante do avanço da era da transformação digital, mas, ainda presenciamos empresas que estão engatinhando quando o assunto é IA, quando uma coisa já é certa: mais cedo ou mais tarde, todos utilizaremos essa tecnologia. Diante disso, a melhor forma de se manter a frente, é estar pronto.
Em 2024, sem dúvidas, iremos vivenciar significativas inovações no campo dos negócios, sendo a IA a grande percussora deste caminho. Líderes e gestores devem alinhar seus pilares e adotar as novas tendências, afinal, para garantir um bom ano novo, é essencial investir em uma nova gestão desde já.
Rodolfo Rezende é COO e sócio na delaware Brasil.
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