O governador do Estado, Helder Barbalho, esteve reunido, na manhã desta terça-feira (29), com representantes do banco BNP Paribas, um dos maiores da Europa e presente em 75 países, para discutir oportunidades de investimento no Pará, com foco na área ambiental, e para apresentar as ações realizadas pelo Governo para receber a COP 30 em 2025.
Na oportunidade, o chefe do Executivo Estadual apresentou um panorama dos avanços obtidos pelo Estado nos últimos anos, como a constante redução dos índices de desmatamento, em consonância com as metas estabelecidas no Plano Estadual Amazônia Agora, assim como os compromissos para a restauração florestal e as inovações tecnológicas desenvolvidas para garantir a segurança ambiental e a rastreabilidade da produção agropecuária.
Em julho de 2023, o Estado alcançou a redução de 53% do desmatamento, em comparação com o mesmo período do ano anterior e, em agosto, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), lançou inovações como o Cadastro Ambiental Rural Automatizado (CAR 2.0), plataforma inovadora no país que agiliza o processo de regularização de produtores rurais e permite o acesso a uma série de benefícios de incentivo à produção, com respeito à integridade dos territórios.
Foto: Bruno Carachesti / Agência Pará
Outra inovação lançada pelo Governo e destacada pelo governador Helder Barbalho, na ocasião, foi o SeloVerde 2.2, plataforma que garante a rastreabilidade de fornecedores diretos e indiretos da cadeia da carne, em conformidade com o Código Florestal e com o Protocolo de Monitoramento de Fornecedores de Gado na Amazônia. A versão 2.2 da ferramenta foi lançada pela Semas durante os ‘Diálogos Amazônicos’, no início de agosto.
“Ficamos felizes em contar com a presença dos representantes dessa instituição aqui, especialmente neste momento em que o Pará se prepara para sediar a COP 30, dez anos depois da COP de Paris, que baliza para nós os compromissos ambientais e que, em Belém, será uma oportunidade para aprofundar o que já estamos consolidando no Pará, com a redução das emissões de gases do efeito estufa, redução do desmatamento e da melhoria do uso do solo”, destacou o governador Helder Barbalho.
“O nosso Estado, que possui vocações importantes que hoje são locomotivas da bioeconomia, também é a maior província mineral do Brasil e possuímos forte atividade agropecuária. Somente essas duas cadeias já representam grande parte do que temos. Em 2019, quando assumimos o Governo, iniciamos o processo de transição econômica para uma economia de baixo carbono, com ciência, tecnologia e inovação. Este é o nosso objetivo”, completou o chefe do Executivo Estadual..
Potencial – Laurence Pessez, líder global de responsabilidade social corporativa e de engajamento do grupo BNP Paribas, destacou a importância da capital paraense sediar a Conferência do Clima, e disse que vê a plataforma SeloVerde como algo promissor, em linha com os objetivos da instituição.
“É uma notícia fantástica a de que Belém vai sediar a COP 30, porque esta será uma COP muito importante. Após 10 anos do acordo de Paris, é especialmente fantástico que um Estado que está bastante avançado na área de sustentabilidade, na área de mudanças climáticas e na proteção da biodiversidade sedie essa conferência. Nesta reunião, nós recebemos muitas informações, o que é muito interessante para nós porque, obviamente, a rastreabilidade na cadeia produtiva é fundamental para nós, e a plataforma SeloVerde nos parece muito promissora, então nós entendemos que não será algo obrigatório mas nós podemos criar algo, um tipo de incentivo para que as pessoas possam aderir. Desta forma, nós pensamos que esse é um excelente exemplo do que precisamos como uma instituição financeira para financiar da melhor forma o setor da agricultura no Brasil”, destacou.
Foto: Bruno Carachesti / Agência Pará
Para o secretário de Meio Ambiente do Pará, Mauro O’de Almeida, o encontro com a instituição reforça a posição de relevância alcançada pelo Estado no cenário internacional nos últimos anos. “Encontros como este são importantes porque reforçam a nossa posição de destaque e a nossa autonomia nas relações internacionais. Os Estados, sobretudo da Amazônia Legal, não podem descer do patamar que foi alcançado nos últimos anos, por isso este momento é importante, porque reforça que há uma necessidade de descentralização diante da capacidade de diálogo que o Pará conquistou e que vem aprimorando cada vez mais”, explicou.