O Brasil possui um potencial de produção de créditos de carbono único no mundo, mas o mercado deve ser aberto a todos os países, sem restrições ou favorecimentos, e as ações devem envolver entidades públicas e privadas. Esta é a visão da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) sobre o assunto.
Foco da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP), realizada em 2021, a questão dos créditos de carbono está no artigo 6 do Livro de Regras do Acordo de Paris, tratado internacional para reduzir o aquecimento global assinado por 196 países, incluindo o Brasil, durante a COP 21, em 2015, na capital francesa.
A CNA também defende que os países considerados os maiores emissores de gases de efeito estufa – o Brasil, com 2,7% das emissões globais, não está entre eles – sejam responsáveis pelo financiamento de ações de mitigação e adaptação dos outros países, visando o cumprimento do Acordo de Paris, com projetos de cooperação, doações ou transferência de tecnologias.
A entidade sugere, ainda, que as ações de adaptação e mitigação, como a adoção de tecnologias de baixa emissão de carbono, boas práticas, assistência técnica, regularização fundiária e ambiental, pesquisa e monitoramento, possam ser incentivadas por recursos de fundos levantados junto aos países com maior emissão.